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Morre Fernão Bracher, ex-presidente do BC e pai do presidente do Itaú

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12/02/2019 - 08:00

Ele tinha 83 anos e faleceu em São Paulo nesta segunda, após uma 'queda com trauma cranioencefálico'.

Fernão Bracher, ex-presidente do Banco Central e então vice-presidente do conselho de administração do Itaú BBA, durante entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Foto de outubro de 2012 — Foto: J. F. Diorio/Estadão Conteúdo/Arquivo

Morreu nesta segunda-feira (11) Fernão Botelho Bracher, no hospital Albert Einstein, em São Paulo. Segundo nota do Itaú Unibanco, o falecimento foi causado por complicações associadas a uma queda com trauma cranioencefálico.

Bracher foi presidente do Banco Central entre 1985 e 1987 - época em que a diretoria também era composta por André Lara Rezende e Pérsio Arida, que, juntos, participaram da elaboração do Plano Cruzado. Antes, de 1974 a 1979, Bracher já havia sido diretor de câmbio do BC.

Fernão Bracher deixa cinco filhos, Candido (presidente do Itaú Unibanco), Beatriz, Eduardo, Elisa e Carlos, além de 15 netos e 3 bisnetos.

Trajetória

Filho de Zilah de Arruda Botelho e Eduardo Bracher, Fernão Bracher nasceu em 3 de abril 1935, em São Paulo.

Era formado em Direito, pela Faculdade de São Francisco (USP). Em 1957, ele se casou com a então historiadora e, mais tarde, psicanalista, Sonia Sawaya, ano em que seguiram para a Alemanha.

Em 1988 Fernão Bracher fundou o banco BBA Creditanstalt. O empreendimento foi feito com Antonio Beltran e em sociedade com o banco austríaco Creditanstalt. Em 2003, juntou-se ao Itaú para formar o Itaú BBA.

Ao projeto "História Contada", que reúne depoimentos sobre a história do BC, disse: "O setor público tem uma grande vantagem: você sente que está trabalhando pelo país. Não está trabalhando para ficar mais rico (...) é um prazer enorme. Todas as suas lutas, tudo o que está fazendo, não é nada para você. Desabridamente, segue -se em frente. (...) Já no setor privado, constrói-se mais livremente, tem-se mais liberdade para fazer e acontecer. Em todas as atividades que desenvolvi, sempre tive razoável liberdade."

BC lamenta

Em nota, o atual presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse que, em nome da instituição, lamenta o falecimento de Bracher, e se solidariza com seus familiares.

"Em 11 de janeiro passado, nos honrou e emocionou com sua participação no evento História Contada do BC, no qual relatou sua contribuição nas áreas de desregulamentação do mercado de câmbio, no combate à inflação e na renegociação da dívida externa. Fernão Bracher prestou inestimáveis serviços ao Brasil, tanto no Banco Central, quanto nas suas várias atividades no setor privado", diz a nota de Goldfajn.

Fonte: G1

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