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BC tenta entender relação entre a curva de juros dos EUA e Brasil, diz Galípolo

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25/04/2024 - 07:43

Diretor de Política Monetária disse em evento que há risco risco de o BC esperar demais para reagir aos eventos externos e ficar atrasado na política monetária

 

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta quarta-feira (24) que o BC quer tempo para entender efeito da curva de juros dos EUA sobre o mandato de controle da inflação doméstica.

Em palestra realizada em São Paulo, Galípolo disse que o nível de correlação entre as curvas de juros de Brasil e Estados Unidos aumentou muito e alertou para o risco de o Banco Central esperar demais para reagir aos eventos externos e ficar atrasado na política monetária.

Mas o diretor disse também que, quando o BC usa as palavras “parcimônia” e “serenidade” em sua comunicação oficial, o recado é que não se “emociona” com flutuações de curto prazo.

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Para o diretor, a permanência do juro norte-americano em níveis altos aumenta a dificuldade na disputa por capital, já que há algum enxugamento da liquidez. Como o aumento da necessidade de rolagem da dívida norte-americana afeta a relação de oferta e demanda, o “yield” torna-se mais alto.

“Há uma adversidade adicional quando se fala de juro americano mais alto porque com o Tesouro americano pagando o juro que paga, fica difícil competir por recursos”, destacou o diretor do BC.

Ainda, de acordo com Galípolo, o estresse nos juros de Treasuries hoje parece relacionado a leilão do Tesouro dos EUA. Para ele, a pressão de rolagem de dívida nos EUA vem crescendo.

Meta de inflação

Respondendo a uma pergunta sobre a viabilidade de o BC atingir a meta de inflação de 3%, o diretor do BC comentou que isso é um “não-tema” para o Comitê de Política Monetária (Copom).

“A meta não é para se discutir, é para se perseguir”, afirmou, no evento organizado pela Upload Ventures. “Na minha opinião, o Banco Central nem deveria votar na meta de inflação no CMN [Conselho Monetário Nacional].”

Galípolo defendeu que o BC deveria perseguir as metas estabelecidas pelo Poder democraticamente eleito.

Ele relatou que, quando chegou ao BC Central, havia ceticismo no mercado sobre a possibilidade de cumprir o alvo. No segundo semestre de 2023, afirmou, a preocupação diminuiu e, agora, voltou a aparecer. “Tem havido idas e vindas, e para a gente é perseguir a meta que foi determinada”, disse.

Otimismo com o Brasil

O diretor também comentou que, mesmo com juro mais alto e atividade mais resiliente, há um processo de desinflação global em curso. Para ele, o Brasil está promovendo um crescimento mais harmônico entre oferta e demanda, uma vez que o petróleo e as reservas internacionais colocam o País em uma situação bastante privilegiada.

Um problema, segundo o diretor, é que os gastos do governo fornecem resiliência para o crescimento econômico. “O platô do gasto do governo é bastante elevado desde a PEC da Transição”, disse, observando também que a demanda das famílias seguirá resiliente puxada por inflação e juros em queda e pelo impulso do Bolsa Família.

Mas na avaliação do diretor do BC, mesmo com o cenário global mais adverso, o Brasil fica ainda melhor. “Estou otimista com o Brasil, e não é de agora”, disse. Para ele, mesmo com a reprecificação dos ativos no mundo, o País pode se mostrar como um polo de atração de investimentos.

(Com Reuters e Estadão Conteúdo)

Fonte: InfoMoney

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