Nesta quinta-feira, 24, os bancários paralisaram a Agência Praça do Bandeirante do Banco Itaú por uma hora, em protesto pela pela morosidade dos bancos em apresentar respostas às reivindicações da laboriosa categoria.
A data-base da categoria bancária é 1º de setembro. Mesmo as negociações terem tido início ainda no mês de agosto, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o BRB-Banco de Brasília continuam intransigentes durante todo o processo negocial negando atendimento às reivindicações dos empregados.
Os banqueiros prometeram apresentar proposta global na reunião de negociações que será realizada a partir das 10h desta sexta-feira, 25, em São Paulo (SP). Os bancários estão mobilizados e esperam que os bancos apresentem proposta global digna e capaz de atender as justas reivindicações da categoria.
Itaú
A escolha do Itaú (Agência Praça do Bandeirante/Goiânia) para realização deste Ato Público de Protesto é em resposta a infeliz declaração do diretor da área de varejo do banco, Marco Bonomi, sobre o fechamento de agências e cortes de postos de trabalho na instituição financeira. "Com a lucratividade do Itaú mantendo recorde, a declaração do diretor vai na contramão do que se espera de uma instituição do porte e importância dessa instituição financeira", disse o presidente do Sindicato, Sergio Luiz da Costa.
Bonomi disse em reunião de acionistas que em três anos o banco fecharia 15% das cerca de 4 mil agências físicas que possui em todo o país. Afirmou ainda que em 10 anos a instituição reduzirá pela metade as agências chamadas 'tijolo'. O Itaú conta hoje com 90 mil funcionários, dos quais 60 mil em agências, portanto, a estratégia poderia resultar no corte de 30 mil empregos.
Principais reivindicações dos bancários• Reajuste salarial de 16% (reposição da inflação do período de setembro 2014 a agosto de 2015, mais 5% de aumento real);
• PLR: 3 salários mais R$7.246,82;
• Piso: R$ 3.299,66 (salário mínimo do Dieese, valor de junho);
• Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês;
• Melhores condições de trabalho;
• Fim das metas abusivas e do assédio moral;
• Isonomia entre os empregados pré e pós 1998 nos bancos públicos;
• Garantia do emprego;
• Fim das filas com mais contratações de bancários;
• Combate às terceirizações e luta contra a aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal;
• Plano de Cargos e Salários (PCS) para todos os bancários;
• Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).