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Vale tem prejuízo no 4º trimestre e lucro em 2012 cai 74%

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28/02/2013 - 10:36

Num cenário de produção estagnada, preços menores, consumo mundial retraído (especialmente da China), pagamento extra de tributos e rebaixamento do valor de ativos, a Vale viu seu lucro cair 74,3% em 2012.

O resultado ficou em R$ 9,7 bilhões, abaixo dos R$ 37,8 bilhões de 2011 -melhor ano para as finanças da mineradora em sua história. Foi o pior desempenho desde 2004. O tombo de 2011 para 2012 superou a redução do lucro da Petrobras (36%).

De outubro a dezembro, houve prejuízo de R$ 5,6 bilhões, maior perda trimestral já registrada pela companhia.

Em 2012, a Vale "tirou esqueletos do armário" e quitou débitos cobrados pela União -R$ 3,3 bilhões até então contestados na Justiça.

A mineradora revisou ainda para baixo o valor minas e unidades de produção de alumínio, níquel e outros ativos (perda de R$ 13,2 bilhões) e sofreu com impacto negativo do câmbio (R$ 4,1 bilhões). Boa parte do prejuízo foi assumido no quarto trimestre.

Excluídos esses "efeitos contábeis" que, segundo a Vale, não irão se repetir, o lucro de 2012 foi R$ 22,2 bilhões -pior desempenho desde 2009, pico da crise global.

Descontados os impactos negativos, o ganho no quarto trimestre foi de R$ 4,1 bilhões -uma queda de 54% ante igual período de 2011.

Sem ampliar sua produção desde 2008, a Vale perdeu mercado para suas concorrentes australianas (BHP e Rio Tinto), que abriram minas ampliaram a oferta de minério de ferro. Em 2012, a extração da Vale caiu 0,8%.

Além disso, o menor consumo derrubou as cotações do minério de ferro e deixou os preços voláteis. "Nesse contexto, nosso desempenho financeiro foi afetado desfavoravelmente", disse a Vale.

O presidente da empresa, Murilo Ferreira, disse que a companhia está mais seletiva em projetos e investimentos e se esforça para apresentar seus números de modo mais "transparente e justo" -em referência à reavaliação do valor dos ativos.

Segundo a corretora Planner, o prejuízo no trimestre já era esperado e foi causado por fatores que não se repetirão neste ano. A retomada da economia chinesa em 2013 deve assegurar resultados mais promissores.

Segundo José Carlos Martins, diretor-executivo de Ferrosos da Vale, a demanda é crescente e os preços devem se manter no patamar atual.

A situação deve ser favorável principalmente no primeiro semestre, porque, no segundo, devem entrar em produção novas minas na Austrália, o que pode aumentar a oferta e reduzir o preço.

     
 

Fonte: Folha.com


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