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Tesouro emite cerca de US$ 3,5 bilhões em títulos da dívida externa

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24/07/2014 - 08:52

Instituição não informou, porém, qual montante foi pago em espécie.
Spread da operação foi a maior para papel de 30 anos desde 2009.

A Secretaria do Tesouro Nacional informou nesta quarta-feira (23) que foram emitidos aproximadamente US$ 3,5 bilhões em títulos da dívida externa, denominados em dólares, em operação realizada nos mercados norte-americano e europeu, com vencimento em 2045. Os papéis têm cerca de 30 anos de prazo.

A instituição não esclareceu, porém, quanto deste montante foi recebido em recursos em espécie e o percentual que foi pago com títulos antigos da dívida externa brasileira - que o Tesouro Nacional também recomprou nesta quarta-feira. O governo não informou, portanto, qual o valor que foi de fato captado no exterior e qual a parcela que foi trocada por outros papéis do governo brasileiro.

Taxa de retorno ao investidor e 'spread'
A taxa de retorno ao investidor da emissão internacional realizada nesta quarta-feira, ou seja, quanto os investidores receberão de juros, ficou em 5,13% ao ano. O valor ficou acima da última captação externa de 30 anos, realizada em novembro de 2011, quando a taxa de retorno ao investidor ficou em 4,69% ao ano. Ficou um pouco abaixo, porém, da operação anterior de 30 anos, realizada em setembro de 2010 - quando somou 5,2% ao ano.

O spread sobre os títulos do Tesouro norte-americano de prazo de 30 anos da operação de hoje, porém, somou 187,5 pontos base - o maior para este prazo de operação desde julho de 2009. Naquele momento, o governo brasileirou pagou um "spread" de 195 pontos base. Em captações de 30 anos realizadas em setembro de 2009, em setembro de 2010 e em novembro de 2011, o spread ficou em 175 pontos base, 142 pontos base e em 160 pontos base.

Referência para empresas
Nas emissões da dívida externa do país, que não podem ser adquiridas por investidores nacionais, o governo capta recursos no mercado externo, mas tem por objetivo principal proporcionar referência para o mercado privado brasileiro em termos de taxas de juros.

Com os resultados das captações do Tesouro Nacional, as empresas podem calcular quanto teriam de pagar para fazer captações de recursos no mercado internacional. Ou seja, servem como referência em termos de taxas de juros. As captações também geram aumento da dívida externa brasileira.

Como funciona
Nas emissões de títulos da dívida pública no mercado externo, os investidores estrangeiros "compram" os papéis e pagam em dólar ou em outras moedas, como euro, ienes, ou até mesmo em reais. Na operação de hoje, também foram aceitos papéis antigos do governo brasileiro no mercado externo. Na data do resgate, recebem o equivalente ao emitido no momento da captação. No meio termo, ou no fim do contrato, recebem juros.

O processo de lançar bônus no mercado internacional funciona como um leilão. Os investidores fazem sua proposta ao governo brasileiro, informando a taxa de juros e a quantidade de títulos que desejam receber, e o Tesouro Nacional as aceita ou não.

Fonte: G1

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