Um ano depois de entregar um dos resultados mais fracos da história da companhia, a SulAmérica saiu em busca de redenção. A seguradora registrou lucro líquido de R$ 50,6 milhões no segundo trimestre de 2013, resultado cerca de 14 vezes superior aos R$ 3,6 milhões do mesmo período do ano passado. A cifra foi puxada por uma melhora significativa na relação entre as receitas com seguros e os gastos com indenizações (taxa de sinistralidade), especialmente no segmento de automóveis.
"O segundo trimestre não é um bom período para a SulAmérica e o de 2012 foi ainda pior", afirma Gabriel Portella, presidente da seguradora. "Hoje, estamos colhendo efeitos positivos de mudanças em preços das apólices e em processos internos, colocadas em curso desde o ano passado."
A receita com prêmios de seguros somou R$ 3 bilhões no trimestre, avanço de 13,8% na comparação com igual período do ano passado. O segmento de seguro saúde e odontológico respondeu por R$ 2,02 bilhões de prêmios, um crescimento de 13,7% no mesmo período. Os seguros de automóveis somaram R$ 693 milhões, com avanço de 19,7%.
O índice geral de sinistralidade da seguradora foi de 77,3% no segundo trimestre, ante 81,3% no mesmo trimestre do ano passado. Quanto menor o indicador, melhor. No segundo trimestre do ano passado, foi a sinistralidade do seguro de automóveis que pressionou o resultado. Já nos primeiros três meses deste ano, o vilão foi o seguro saúde.
O seguro de automóveis teve a melhora mais acentuada da sinistralidade, que passou de 67,7% em 2012, para 60,4% neste ano. "Fizemos uma revisão e um reposicionamento de mercado no segmento e os benefícios apareceram nos seis primeiros meses do ano", diz Portella. No caso do seguro saúde, além do controle de custos, o crescimento de planos odontológicos favoreceu o resultado. "Ainda há muito espaço para o odontológico crescer na nossa própria base, vendido em conjunto com o seguro saúde. Esse foi um processo que ganhou mais escala neste ano."
Em meio às notícias positivas, o resultado financeiro da seguradora voltou a cair, registrando R$ 81,4 milhões no período. O valor é 24,6% menor que no mesmo período de 2012. Para o vice-presidente de relações com investidores, Arthur Farme, há sinais positivos para o indicador nos próximos trimestres. As aplicações pós-fixadas, por exemplo, devem se beneficiar do aumento do juro básico.
Este é o primeiro trimestre em que a SulAmérica incorpora os números da SulaCap, empresa de títulos de capitalização, que contribui com cerca de R$ 7,5 milhões para o lucro líquido consolidado.
Fonte: Valor Econômico