Falsários contavam com ajuda de funcionários do Sine, segundo as investigações da Polícia Federal
Brasília - A Polícia Federal deflagrou na manhã ontem, em Brasília, a Operação MAC 70, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa suspeita de desviar mais de R$ 15 milhões dos cofres públicos. A ação contou com o apoio do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Os investigados responderão pela prática dos crimes de inserção de dados falsos em sistema de informação e associação criminosa. Além disso, serão realizadas investigações a fim de garantir o ressarcimento do prejuízo suportado pela União. Ao todo, foram cumpridos 30 mandados, sendo 15 de busca e apreensão, 11 conduções coercitivas e 4 prisões temporárias.
A investigação teve início em outubro do ano passado com base em informações fornecidas pelo MTE. Durante a apuração, verificou-se que a fraude era realizada a partir da inserção de dados falsos no sistema do seguro-desemprego por servidores do Sistema Nacional de Emprego (Sine).
Constatou-se ainda que os beneficiários efetivamente existem e estão espalhados em mais de dez Estados.
Entretanto, até o momento, não se sabe se são vítimas ou envolvidos no esquema. A PF averiguará a participação de cada um.
Suspensão
Sob suspeita de fraudes, 3 mil benefícios de seguro-desemprego foram suspensos pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) após a investigação coordenada com a Polícia Federal.
Até o momento, as buscas culminaram na apreensão R$ 127 mil, uma arma, carros, documentos e remédios não autorizados. Os investigados responderão pela prática dos crimes de inserção de dados falsos em sistema de informação e associação criminosa. Além disso, serão realizadas investigações a fim de garantir o ressarcimento do prejuízo suportado pela União.
Policiais federais prenderam pelo menos cinco pessoas na manhã de ontem, em Brasília. Segundo a Polícia Federal, os investigados contavam com a ajuda de funcionários do Sistema Nacional de Emprego (Sine) para inserir os dados falsos no sistema do seguro-desemprego.
A PF ainda apura se essas pessoas tinham conhecimento de que seus dados pessoais estavam sendo usados indevidamente e se elas eram ou não beneficiárias do esquema.
A Justiça expediu 15 mandados de busca e apreensão, 11 de condução coercitiva e quatro de prisões temporárias.
Fonte: Jornal O Popular