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Ranking do desemprego: Goiás tem 2 cidades entre as 20 do País que mais demitiram

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19/11/2014 - 08:41

No mês passado, Cristalina, no Sudeste do Estado, ficou na 16ª posição e Goiânia fechou a lista, na 20ª

Dos 20 municípios brasileiros que registraram mais demissões no mês passado, dois são goianos. Dentro desse ranking indesejado está Cristalina, localizada na Região Sudeste do Estado (16º posição) e Goiânia, fechando o levantamento em 20º lugar. O desaquecimento da economia, a estiagem prolongada e os baixos preços das commodities são os principais fatores que impulsionaram maior volume de baixa nas carteiras assinadas. Já no caso da construção civil, que registrou 1,5 mil demissões em Goiás no mês passado, este é considerado um fenômeno sazonal.

Detentora do maior Produto Interno Bruto (PIB) agrícola nacional em 2012, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Cristalina é reconhecida pela diversidade de culturas e de lavouras irrigadas. Entretanto, essas características não foram suficientes para que o município não sentisse a estiagem prolongada que afeta as plantações. Com população estimada em 52,2 mil habitantes, o município registrou diminuição de 1.061 postos de trabalho no mês passado - o que corresponde a 28,8% dos empregos eliminados em Goiás (3.680).

Segundo o presidente do Sindicato Rural de Cristalina, Alécio Maróstica, é comum que haja um número maior de demissões em outubro em função do encerramento da colheita de culturas irrigadas, como batata, cebola, alho, café e feijão.

Mas ao contrário dos demais anos, a estiagem prolongada impediu a absorção imediata dessa mão de obra no plantio de culturas de soja, milho e algodão. “Houve um atraso nas contratações”, diz Maróstica.

De quebra, os baixos preços das commodities estão refletindo em diminuição de investimentos, além dos custos de produção. “Os produtores estão contratando menos este ano. Com as commodities com preço lá embaixo e o produtor dependendo tanto de São Pedro, não tem como contratar muita mão de obra”, diz. Alécio Maróstica calcula que esse cenário tenha elevado em até 20% o número de demissões na atividade, se comparado ao mesmo período do ano passado.

Goiânia

Em Goiânia, município que aparece na 20º posição no ranking das cidades que mais demitiram no País, com 996 dispensas, dois setores se destacaram na eliminação de vagas: indústria da transformação e construção civil.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em todo o Estado a indústria da transformação demitiu 1.761 trabalhadores no mês passado e a construção civil, 1,5 mil - não há números só de Goiânia por setores.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Goiânia (Sintracom), José Braz, esse é um movimento comum do segmento da construção civil. Ele explica que, em função do início do período chuvoso, as empresas tendem a demitir no último trimestre do ano. “Mas o mercado volta a absorver essa mão de obra em fevereiro”, comenta. Conforme José Braz, este ano não houve uma demissão acima do normal para o setor, pelo contrário. “Está faltando mão de obra na construção civil.”

Indústria

“O cenário é preocupante. É hora de as indústrias apertarem cinto, cortar gastos e aumentar a produtividade até passar esse período de turbulência”, afirma o coordenador técnico da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Welington Vieira.

Ele explica que, embora seja comum a indústria demitir no último trimestre do ano, este ano o número foi bastante acentuado. “Estamos melhor que o País, mas mesmo assim tivemos muita demissão”, salienta Welington Vieira.

O que preocupa o coordenador técnico da Fieg é de que a tendência seja de que boa parte desses empregos não seja absorvida em fevereiro, como ocorreu em outros anos. Isso por que o nível de confiança do empresariado está caindo acentuadamente desde novembro de 2013. “Estamos com uma grave crise política, o escândalo da Petrobras, baixo índice de confiança. A situação é grave”, afirma.

Fonte: Jornal O Popular
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