Atenção! Você está utilizando um navegador muito antigo e muitos dos recursos deste site não irão funcionar corretamente.
Atualize para uma versão mais recente. Recomendamos o Google Chrome ou o Mozilla Firefox.

Notícias

Queda na China faz dólar disparar

Facebook
Twitter
Google+
LinkedIn
Pinterest
Enviar por E-mail Imprimir
09/07/2015 - 09:30

Moeda americana chegou a R$ 3,23, maior valor em três meses. Após atingirem a maior alta em sete anos, ações chinesas já perderam US$ 3 trilhões

São Paulo – A queda de mais de 30% do mercado acionário chinês desde o pico de junho reforçou dúvidas sobre o rumo da segunda maior economia do mundo e principal destino das exportações brasileiras, fazendo o dólar fechar ontem em alta sobre o real, com o maior valor desde março. O avanço, porém, foi amenizado pela ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos).

O documento indicou que a autoridade americana precisa ver mais sinais de fortalecimento da economia antes de elevar os juros naquele país. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve valorização de 1,27% sobre o real, cotado em R$ 3,229 na venda – o maior valor desde 30 de março, quando a moeda americana valia R$ 3,246. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, avançou 1,53%, a R$ 3,233.

Após atingirem a maior alta em sete anos há cerca de um mês, as ações chinesas têm sofrido uma estrondosa queda, gerada por restrições ao empréstimo de dinheiro para a compra de ações em resposta a preocupações quanto a uma bolha. As ações já perderam US$ 3 trilhões em valor.

Impacto no Brasil

O preço do minério, segundo mais importante produto da pauta de exportação brasileira, despencou 11% ontem, para uma mínima desde 2009. Entre janeiro e junho, a receita do Brasil com as exportações de minério de ferro para a China desabou 49%. Isso afeta os termos de troca e acaba exercendo pressão por mais desvalorização cambial.

“Não é uma reação exagerada”, disse João Pedro Brügger, analista da Leme Investimentos. “Uma desaceleração da economia chinesa vai ter impacto muito forte sobre os preços das commodities e isso afetará negativamente vários países, principalmente o Brasil”, completou.

 Bolsa em queda 

No mercado acionário, o principal índice da Bolsa brasileira acompanhou a queda dos mercados de ações nos Estados Unidos e fechou ontem no vermelho. A desvalorização de bancos, Petrobras e Vale sustentou a perda do indicador.

“A paralisação da NYSE afetou o Ibovespa porque trouxe uma volatilidade adicional ao mercado na parte da tarde”, disse Brügger. “Com o quadro externo desfavorável, o estrangeiro realiza lucro (vende ações compradas por um preço mais baixo que o atual) nas Bolsas emergentes. Metade do mercado brasileiro é representada por estrangeiros.” 

Fonte: Jornal O Popular

Tópicos:
visualizações