Brasília - O Brasil terá um ano de crescimento baixo e inflação alta para o consumidor, na avaliação de economistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central. A pesquisa Focus, divulgada ontem, aponta que o IPCA, o índice oficial de inflação do País, subirá 5,65% - no levantamento anterior, a projeção estava em 5,53%. Com esse movimento, a estimativa para a inflação se distancia ainda mais do centro da meta perseguida pelo governo, de 4,5% em 2013.
Outros indicadores
No caso do IGP-M, as estimativas foram reduzidas de 5,35% para 5,31%. A diminuição veio em linha com o resultado da segunda prévia do indicador de janeiro que, conforme divulgou a Fundação Getulio Vargas (FGV) ontem, desacelerou de 0,41% para 0,34%. A calibragem das estimativas dos economistas para o IGP-DI foi maior, segundo a Focus: passou de 5,39% na semana passada para 5,20% agora.
As projeções para a taxa básica de juros, a Selic, seguiram estáveis depois que o BC decidiu, na semana passada, manter o patamar de 7,25% ao ano. A expectativa é de que a Selic encerrará 2013 nesse nível e estará em 8,25% ao ano no fechamento de 2014. O mercado financeiro conta com a primeira elevação da taxa em março, para 7,50% ao ano. A avaliação é que uma segunda elevação do mesmo porte (0,25 ponto porcentual) virá em abril do ano que vem.
A previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano foi ajustada de 3,20% para 3,19%. Para 2014, permanece a aposta de uma expansão de 3,60% da atividade brasileira. Os analistas acreditam que, no fim de 2013, o dólar estará cotado a R$ 2,08 e, no fim do ano que vem, a R$ 2,09.
Fonte: Jornal O Popular