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Pnad Contínua: Desemprego atinge 7,1% no 1º tri

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04/06/2014 - 09:02

Segundo o IBGE, resultado é menor do que o verificado em igual período de 2013 no País, de 8%

Apesar do cenário de pouco otimismo e de dificuldades na atividade econômica, o mercado de trabalho brasileiro permanece aquecido. A taxa de desemprego no País ficou em 7,1% no primeiro trimestre do ano, 0,9 ponto porcentual abaixo do resultado verificado no mesmo período de 2013 (8%), segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O recuo na desocupação teve influência da desistência por parte da população de buscar um emprego, mas também da geração de novas vagas. No período de um ano, foram criados 1,770 milhão de novos postos de trabalho.

Segundo analistas, o resultado da Pnad Contínua mostra um mercado de trabalho ainda mais vigoroso no total do País do que o mostrado nas seis principais regiões metropolitanas pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), também do IBGE.

“Pela Pnad Contínua, parece que o emprego ainda tem espaço para crescer. O cenário fora das regiões metropolitanas, para o Brasil como um todo, ainda é favorável para a ocupação”, avaliou o economista Rodrigo Leandro de Moura, pesquisador de Economia Aplicada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na PME, a taxa de desocupação média de janeiro a março caiu de 5,6% em 2013 para 5,0% em 2014.

“Na Pnad Contínua, a queda na taxa de desemprego foi acompanhada do aumento da população ocupada, ao contrário do que acontece na PME, em que a desocupação está caindo pela queda na taxa de participação (número de indivíduos trabalhando ou buscando emprego em relação ao total de pessoas em idade para trabalhar)”, lembrou José Márcio Camargo, economista-chefe da Opus Investimentos e professor do Departamento de Economia da PUC-Rio.

A Pnad Contínua mostrou uma taxa de desemprego maior no primeiro trimestre, do que no trimestre imediatamente anterior (quando a taxa foi de 6,2%), mas o movimento é considerado sazonal, explicado pela contratação de trabalhadores temporários no fim do ano para as festas de dezembro e sua consequente dispensa no início do ano seguinte.

O primeiro trimestre de 2014 mostrou ainda forte migração de indivíduos para a inatividade: 972 mil pessoas deixaram a força de trabalho em um ano. Os inativos totalizavam 62,634 milhões no primeiro trimestre de 2014. O grosso dessa população era formada por mulheres, jovens, idosos e pessoas com ensino fundamental incompleto. “Esse índice alto de pessoas fora da força com ensino fundamental incompleto é por causa dos jovens e dos idosos. As pessoas mais idosas têm menos escolaridade, e na faixa de 14 e 17 ainda estão em processo de aquisição de escolaridade”, disse Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Nova ameaça

Foco da crise no IBGE, as divulgações da Pnad Contínua estão novamente ameaçadas. A greve de servidores interrompeu os estudos sobre o cálculo do rendimento na pesquisa, que tinham como objetivo adequar os dados da renda domiciliar per capita às exigências da lei complementar que determina o indicador como base para o rateio do Fundo de Participação dos Estados. Se a paralisação de trabalhadores também afetar a coleta de informações, é possível que a Pnad Contínua volte a ter as divulgações canceladas, informou Azeredo.

Fonte: Jornal O Popular

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