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Petrobras: Ação sobe 15,4% e estatal recupera R$ 16,6 bi na Bolsa

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04/02/2015 - 08:57

As ações preferenciais (sem voto) da petrolífera subiram 15,47% e voltaram a valer R$ 10. Foi a maior alta diária desde 15 de setembro de 1998, quando as ações subiram 18,10%

 

São Paulo - As ações da Petrobras registraram a maior alta diária desde setembro de 1998 com a expectativa em torno da saída de Graça Foster do comando da estatal. Com a alta, a Petrobras recuperou R$ 16,6 bilhões em valor de mercado durante o pregão.

Os papéis preferenciais da petrolífera subiram 15,47%, para R$ 10, maior alta porcentual diária desde 15 de setembro de 1998, quando as ações subiram 18,10%, para R$ 1,875. As ações ordinárias fecharam em alta de 14,23%, para R$ 9,79, maior valorização diária desde 6 de março de 2013, quando os papéis avançaram 15,16%.

A valorização ontem também foi a maior em um único dia desde 2000, quando foi instituído o Novo Mercado (segmento da BM&FBovespa que aumentou as exigências de governança das empresas negociadas), embora a Petrobras não faça parte desse nicho.

O Ibovespa fechou em alta de 2,76%, para 48.963 pontos. O volume financeiro negociado no pregão foi de R$ 7,3 bilhões, acima da média diária negociada no ano, que é de R$ 6,314 bilhões, até o dia 2 de fevereiro. Das 68 ações, 51 subiram, 16 caíam e uma se manteve inalterada.

A forte alta nas ações da Petrobras foi provocada pela informação de que o Planalto teria decidido substituir Graça Foster à frente da presidência da estatal. A avaliação do governo é de que a posição da atual presidente da Petrobras é insustentável diante do escândalo de corrupção que atinge a empresa.

Para Luis Gustavo Pereira, estrategista da Guide Investimentos, a informação guiou a forte alta na cotação dos papéis da empresa. “Há uma expectativa de reestruturação, que deve passar pela mudança de gestação e pela nomeação de executivos menos ligados ao governo e mais associados ao mercado, o que traz um fôlego novo às ações da estatal”, diz.

A notícia da saída de Graça ofuscou o rebaixamento da nota da estatal pela agência de classificação de risco Fitch, anunciada ontem. A agência citou a “crescente e prolongada incerteza” em relação à habilidade de a empresa estimar as perdas decorrentes de corrupção. O rebaixamento, segundo a Fitch, afeta diretamente cerca de US$ 50 bilhões em dívida emitida pela empresa. Foram rebaixados de BBB para BBB-, o último degrau considerado grau de investimento, espécie de selo de bom pagador para sua dívida.

BALANÇO

Outra notícia que ajudou a sustentar a alta da Bolsa ontem foi o resultado do Itaú Unibanco, que superou as expectativas do mercado. O banco teve lucro líquido de R$ 20,242 bilhões em 2014, crescimento de 29% em relação ao ano anterior, quando o banco lucrou R$ 15,696 bilhões. No quarto trimestre do ano, o Itaú teve lucro de R$ 5,520 bilhões, alta de 2,15% em relação aos R$ 5,404 bilhões registrados nos três meses anteriores.

“O resultado do banco foi extremamente sólido, merece um prêmio em relação a seus pares. Mesmo com a piora da economia, o banco mostrou uma tendência muito positiva”, avalia Pereira, da Guide. “O banco se mostrou cauteloso com a concessão de crédito, o que se mostrou uma decisão acertada, mantendo o seu nível de rentabilidade elevado”, completa.

As ações do Itaú encerraram o dia com alta de 2,79%, para R$ 34,25. Na esteira da valorização, os papéis do Bradesco fecharam com avanço de 3,64%, para R$ 35,32.

Os papéis da Vale fecharam em alta pelo terceiro pregão seguido. As ações preferenciais da mineradora subiram 4,82%, para R$ 18,05. Os papéis ordinários avançaram 5,72%, para R$ 20,87.

Já as elétricas se beneficiaram da decisão da Aneel de aprovar o reajuste de tarifas de distribuidoras. As ações preferenciais da Eletrobras subiram 3,54%, para R$ 6,43. Os papéis ordinários fecharam em alta de 3,68%, para R$ 5,35.

Agência rebaixa avaliação

(FP) 04 de fevereiro de 2015 (quarta-feira)

São Paulo - A agência Fitch de classificação de risco rebaixou a avaliação da Petrobras citando a “crescente e prolongada incerteza” em relação à habilidade de a empresa estimar as perdas decorrentes de corrupção. O rebaixamento, segundo a agência, afeta diretamente cerca de US$ 50 bilhões em dívida emitida pela empresa. Foram rebaixados de BBB para BBB-, o último degrau considerado grau de investimento, espécie de selo de bom pagador para sua dívida.

A agência colocou ainda em perspectiva negativa as notas da Petrobras, indicando que poderá ocorrer um novo rebaixamento. Se isso acontecer, a empresa perderá o grau de investimento, o que pode implicar forte venda de títulos e ações da Petrobras.

“A falta de clareza prolonga as incertezas que cercam em relação à habilidade da companhia de fazer os ajustes necessários para atender as cláusulas de contratos que pedem que a empresa divulgue um balanço auditado no máximo após 120 dias da data limite”, afirmou em nota.

Segundo a agência, a decisão de atrasar o chamado impairment, a reavaliação de ativos devido a perdas com corrupção, “evidencia a dificuldade da estimar a magnitude da corrupção em pagamentos superfaturados e o valor justo dos ativos fixos”.

No final de dezembro, a agência Moody’s colocou a nota de crédito Baa2 da Petrobras em revisão para possível rebaixamento. Esse é o passo anterior a um corte, o que significa que a agência vai analisar nas próximas semanas informações sobre a estatal que podem embasar uma redução.

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CVM vai analisar informações

Rio - Menos de uma semana após a Petrobras divulgar dados financeiros a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu um processo para analisar informações da companhia. Tudo indica que o órgão regulador do mercado de capitais está pedindo explicações à estatal sobre o balanço, apresentado com dois meses de atraso e ainda sem o aval da auditoria independente PricewaterhouseCoopers.

O novo processo administrativo foi aberto na segunda-feira, a pedido da Superintendência de Relações com Empresas (SEP) da CVM, área técnica responsável por analisar as informações entregues por companhias abertas. Os números divulgados na madrugada da última quarta-feira, 28, causaram polêmica. A Petrobras optou por não realizar baixas contábeis, mas apresentou cálculos estimando que R$ 88,6 bilhões em ativos da companhia estão superavaliados, embora nem todo esse valor seja decorrente de corrupção.

Outra metodologia usada para calcular possíveis baixas levou em conta os 3% de pagamento de propina mencionados nos depoimentos feitos em delação premiada acerca dos contratos celebrados entre a estatal e 23 empresas, chegando ao valor de R$ 4 bilhões. Graça Foster disse que o montante pode ser maior.

 

Fonte: Jornal O Popular

 

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