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O desafio de manter o emprego

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27/12/2015 - 14:35

Novas tecnologias colocam em risco os cargos de profissionais intermediários de diversas áreas

Os intermediários em transações imobiliárias, financeiras e até de atividades de lazer enfrentam mudança de comportamento dos consumidores capaz de fazer desaparecer profissionais do mercado. Diferente da crise econômica, a aposta é de que transformação causada pelas novas tecnologias com o “faça você mesmo” não tenha volta. Por isso, a reação dos profissionais que fazem o meio de campo é personalizar serviços e apostar nas relações humanas para que o atendimento olho no olho supere a facilidade das telas.

É possível escolher hotel, comprar passagem e ingressos de passeios por meio de aplicativos no celular, por isso o motivo para procurar uma agência de viagem tem de ser de fato especial. Tanto é assim que a presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens de Goiás (Abav-GO), Eliene Meireles, estima redução de 30% no número de profissionais e de 28% no número de agências nos últimos dois anos no Estado. O motivo é a redução do mercado por causa da concorrência digital.

“Por isso, tem muitos trocando agência por home office, porque não é mais preciso o balcão. Mas tem de ter atendimento diferenciado, uma cobertura completa e não só passagem e hospedagem”, ressalta. Foi nisso que as irmãs Elis Mendes e Elis Cristina Arataque apostaram ao ver ampliar as ofertas de sites de turismo. De agentes se especializaram no que chamam de travel design, fazem roteiros personalizados na EllysTur. No portfólio, estão 68 países para onde já viajaram antes de vender a experiência para os clientes e até com os clientes para imersão no destino.

Tratamento vip

“Passamos dez dias em cada local, dormimos em hotéis diferentes, separamos guias para depois oferecer o que há de melhor, muitos não são como o descrito na internet”, pontua Mendes. Em média, ela e a irmã desbravam ao menos dois grandes destinos por ano que podem se tornar tendência, foram oito em 2015, entre eles voltaram à Indonésia e Cingapura. Porém, a empresa reduziu o quadro de 14 funcionários para sete mais especializados para intermediar e personalizar as experiências.

Um tratamento mais próximo com o consumidor também foi aposta do bancário Álvaro Jomar Correia, de 62 anos. Na mesma agência bancária há 37 anos como caixa executivo, viu o número de caixas passar de 40 para três, contando com ele. “Antes praticamente tudo era manual, por isso tem de aprimorar para se manter. Máquinas não têm coração e o bom relacionamento com as pessoas conta muito.” A proximidade com clientes preferenciais fez com que o trabalho fosse reconhecido, segundo ele.

Álvaro também fez cursos para aprimorar o atendimento, que foi reduzido primeiro pela modernização dos caixas eletrônicos e agora até com os aplicativos de celular. Algumas agências já abrem somente com caixa eletrônico e parte gerencial reduzida. “É preciso estar mais capacitado do que quando entrei”, acrescenta. A multifuncionalidade também começa a ser exigida nessas profissões intermediárias para se reinventar e sobreviver no mercado, porque os processos passam a ser mais complexos como explica a presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-GO), Dilze Percilio.

“Quanto mais é preciso desenvolver, maiores as responsabilidades de cada cargo, por isso a principal dica para o profissional do século 21 é ter a competência do aprendizado”, completa. Além disso, a disponibilidade para o trabalho também passa a ser pré-requisito bem como saber perceber as mudanças (veja quadro). “Eu mesma posso fazer meu imposto de renda, não preciso de digitador e posso absorver atividades de comunicação com as redes sociais, por isso é preciso ser mais completo.”

Fonte: Jornal O Popular


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