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Mercado não acredita em promessas do BC e espera mais juros e queda do PIB

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11/08/2015 - 09:05

Expectativa de analistas para a inflação volta a subir, colocando em xeque o objetivo do Banco Central de levar a carestia para a meta, de 4,5%, em 2016. Especialistas avaliam que juros podem aumentar ainda mais e veem PIB caindo 1,97% neste ano

 

O aprofundamento da crise política e o encarecimento do dólar contaminaram as expectativas dos analistas do mercado financeiro em relação aos principais indicadores da economia. De acordo com a edição do Relatório Focus divulgada ontem pelo Banco Central (BC), os economistas consultados pela autoridade monetária acreditam que a economia terá retração de 1,97% neste ano e permanecerá estagnada no próximo. Apenas uma semana atrás, a previsão era de queda de 1,80% em 2015 e de ligeiro crescimento em 2016. Há também mais pessimismo com a inflação. Para os especialistas, a taxa anual vai bater em 9,32% em dezembro, o maior patamar desde 2002, e terminar o ano que vem em 5,43%. É um balde de água fria na promessa do BC de levar a carestia para o centro de meta, de 4,5% até o fim de 2016.

No mercado, há quem anteveja um cenário ainda pior. O economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, revisou a projeção de contração da economia de 2,2% para 2,3% em 2015. Para o próximo ano, a estimativa de queda passou de 0,2% para 1%. Ele considera que a redução do consumo das famílias, a queda na confiança de empresários e consumidores, a desaceleração do crédito, o risco de perda de grau de investimento e o agravamento da crise política indicam um cenário de recessão mais prolongado. “Há uma dificuldade maior do que antecipávamos em implementar os ajustes, aumentando a incerteza sobre a economia e dificultando a sua recuperação”, afirmou.

Goldfajn estima que a inflação encerrará o ano em 9,3% e terminará 2016 em 5,8% em virtude do encarecimento do dólar. Para o economista, o cenário de crises sobrepostas — política e econômica — compromete a arrecadação fiscal, tanto pela queda da atividade quanto pela dificuldade de implementar medidas de correção de rumo. “As dificuldades fiscais afetam o equilíbrio das demais variáveis econômicas. As condições de financiamento externo tendem a se tornar menos favoráveis, demandando uma depreciação adicional da taxa de câmbio. O real mais fraco pressionará a inflação em 2016, reduzindo o espaço para cortes de juros no ano que vem”, disse. Nas contas dele, a Selic permanecerá em 14,25% durante todo este ano e terminará 2016 em 12,25%.

 

Fonte: Correio Braziliense

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