São Paulo - O pessimismo dos investidores com o mercado acionário brasileiro fez o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) registrar o pior primeiro trimestre em 18 anos. O cálculo foi elaborado pelo gerente de relacionamento institucional da empresa de informações financeiras Economatica, Einar Rivero.
Entre janeiro e março deste ano, o principal termômetro da bolsa brasileira perdeu 7,55%, ante 31,6% dos três primeiros meses de 1995. Esse cenário negativo para as ações torna ainda mais complicada a tarefa do pequeno investidor na atual conjuntura, marcada pela redução da taxa básica de juros (Selic) para os níveis mais baixos da história.
Essa realidade tem tirado a competitividade dos produtos da chamada renda fixa. No primeiro trimestre, por exemplo, a aplicação mais rentável foi a caderneta de poupança que segue a regra antiga, com valorização de 1,51%. Mesmo assim, tende a perder para a inflação oficial do País, medida pelo IPCA, que, segundo projeções de mercado, deve avançar perto de 2% nos três primeiros meses de 2013.
Em março, o ouro liderou o ranking dos investimentos, fruto de dois movimentos: valorização do dólar ante o real e procura maior pelo metal no mundo em meio à crise do Chipre.
Ontem, o Ibovespa fechou em alta de 0,57%, aos 56.352,09 pontos. O dólar ante o real subiu 0,70%, a R$ 2,0220 no balcão. Em março, a moeda à vista acumulou ganho de 2,33%.
Fonte: Jornal O Popular