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Mercado: Bovespa fecha no menor nível desde agosto de 2011

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12/06/2013 - 09:01

Em dia de nervosismo nos mercados, Bolsa cai 3,01% e dólar recua para R$ 2,137 após 2 leilões do BC

São Paulo - Em um dia de grande nervosismo no mercado financeiro, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou ontem em queda de 3,01%, em 49.769 pontos, o menor patamar desde agosto de 2011. O dólar teve grande oscilação, chegando a atingir R$ 2,1670, mas acabou fechando em queda de 0,51%, a R$ 2,1370, com o mercado na expectativa de divulgação de novas medidas para atração de dólares ao País - que acabaram não sendo anunciadas.

O Banco Central (BC) teve de voltar a intervir no mercado para forçar a queda da cotação da moeda norte-americana em relação ao real. Foram duas operações de swap cambial (o equivalente à venda de dólares no mercado futuro) que atingiram US$ 2,2 bilhões. Mas as cotações só começaram a ceder após a notícia de que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se reuniria à tarde com a presidente Dilma Rousseff. No mercado, esperava-se o anúncio de medidas, a exemplo da semana passada, quando o governo zerou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para investimentos estrangeiros em renda fixa no País. Mas nenhum anúncio foi feito após a reunião.

Tanto a Bolsa quanto o mercado de câmbio vêm tendo grandes oscilações no Brasil tanto por fatores internos - como a ameaça de rebaixamento da nota de risco do País, feito na semana passada pela agência Standard & Poor’s - quanto por fatores externos, com a percepção da melhora da economia dos Estados Unidos e resultados mais fracos das economias de países emergentes, o que tem levado a uma saída de investidores estrangeiros desses países.

Ontem, Bolsas e moedas de vários países emergentes fecharam em queda e, a exemplo do Brasil, os bancos centrais de nações como Índia e Turquia também precisaram intervir para conter a valorização do dólar.

Tranquilidade

Apesar das oscilações, o Palácio do Planalto tentou tratar o tema com tranquilidade. A reunião da presidente com o ministro Mantega, que provocou as especulações do mercado financeiro, foi tratada como um encontro de rotina. De acordo com interlocutores da presidente, não há no governo esta visão catastrófica ou pessimista sobre a economia brasileira.

De acordo com esses auxiliares da presidente, a alta do dólar está vinculada basicamente à expectativa de redução dos estímulos monetários por parte do Banco Central norte-americano. Ou seja, estaria associada a uma questão externa. Esta sinalização do governo norte-americano, justificam os interlocutores, levou os Estados Unidos a voltar a atrair capital, provocando queda nas Bolsas em várias partes do mundo, incluindo o Brasil, além da excessiva alta do dólar.

Os dados negativos ressaltados por alguns analistas econômicos - como alta da inflação, notícias de possibilidade de rebaixamento do rating do Brasil ou nova revisão para baixo do crescimento - são minimizados pelo governo. Auxiliares da presidente lembram, que assim como existem números desfavoráveis, que consideram conjunturais, há números favoráveis, como é o caso do crescimento da produção industrial.

Analistas econômicos sustentam, porém, que o cenário interno, principalmente a questão da expansão dos gastos públicos, é um fator preponderante para essa desestabilização dos indicadores.

O ex-presidente do BC e sócio-diretor da Tendências Consultoria Integrada, Gustavo Loyola, afirmou que a política fiscal do governo Dilma Rousseff foi “longe demais” em duas direções: na redução do superávit primário (economia para pagamento dos juros da dívida) e na falta de transparência no cálculo dos gastos. “É fundamental que a política fiscal volte a ter uma postura transparente e de austeridade”, declarou.

Fonte: Jornal O Popular


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