Atenção! Você está utilizando um navegador muito antigo e muitos dos recursos deste site não irão funcionar corretamente.
Atualize para uma versão mais recente. Recomendamos o Google Chrome ou o Mozilla Firefox.

Notícias

Mercado: Bolsas de Valores caem após anúncio de resgate a Chipre

Facebook
Twitter
Google+
LinkedIn
Pinterest
Enviar por E-mail Imprimir
26/03/2013 - 09:33

Mercados reagiram mal à declaração do presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, de que o resgate do setor bancário cipriota pode servir de modelo para outras operações

São Paulo - A decisão dos líderes europeus de financiar os resgates a bancos de Chipre com recursos de investidores privados - em vez de dinheiro de impostos - fez as Bolsas europeias caírem ontem. O Ibovespa terminou o dia com baixa de 0,67%, pela primeira vez no patamar de 54 mil pontos este ano. O índice fechou em 54.873,12 pontos, ainda o menor nível desde 26 de julho do ano passado (54.002,72 pontos)

Após um breve período de alta, motivado pelo fechamento do acordo, os mercados reagiram mal a uma declaração do presidente do Eurogrupo (conjunto de ministros das Finanças dos países da zona do euro), o holandês Jeroen Dijsselbloem, segundo o qual o resgate do setor bancário cipriota poderia servir de modelo para operações similares no futuro.

“Tirar o risco do setor financeiro e colocá-lo sobre o setor público não é a solução”, disse o ministro. As ações de alguns bancos europeus, como os italianos Unicredit e Intesa Sanpaolo e o francês Société Générale, caíram 6%.

Medidas

O premiê cipriota, Nicos Anastasiades, anunciou ontem que o país adotará medidas para restringir o fluxo de capitais de forma a evitar a fuga destes - sublinhando, porém, que tais controles são temporários e serão “gradativamente relaxados”.

Consultores ouvidos pela Bloomberg advertem que os controles podem afetar a confiança dos investidores em outros países europeus cujos bancos possuem grande quantidade de depósitos estrangeiros, como Malta, Estônia e Luxemburgo.

Os termos do acordo preveem que Chipre receba 10 bilhões de euros (R$ 25,9 bilhões) do Banco Central Europeu, da Comissão Europeia e do FMI.

Em troca, haverá um remodelamento do setor bancário do país. O Banco Popular de Chipre, ou Laiki, o segundo maior do país, será gradualmente desmontado. Contas com menos de 100 mil euros depositados serão transferidas ao Banco de Chipre, o maior do país.

Congelamento

Depósitos maiores dos dois bancos serão congelados. Não se sabe se todo o montante será empregado, mas a quantia retida no Laiki deve levantar 4,2 bilhões de euros.

O congelamento vai afetar principalmente investidores russos, que guardam grandes somas de capital nos bancos da ilha.

O país ainda tenta negociar um empréstimo de 2,5 bilhões de euros tomado da Rússia no ano passado, na tentativa de reduzir os juros de 4,5% para 2,5%. O presidente russo, Vladimir Putin, deu sinal verde para a negociação.

Os bancos do país ficam fechados até quinta. Desde a semana passada, os cipriotas só podem sacar 100 euros por dia em caixas eletrônicos.

Bovespa registra baixa de 0,67%

São Paulo - Acompanhando os mercados internacionais, o principal índice de ações da Bolsa brasileira, o Ibovespa, fechou ontem em queda, à medida que o alívio com o resgate do Chipre foi dissipado. O Ibovespa registrou baixa de 0,67%, para 54.873 pontos. O movimento teve forte influência da queda das ações mais negociadas da Vale (-1,68%), que possui peso superior a 8% no índice. As ações que registraram a maior queda entre os papéis que compõem o Ibovespa foram as ordinárias (com direito a voto) da Oi (-6,26%). O mercado ainda avalia a distribuição total de R$ 1 bilhão em proventos, anunciada pela empresa na semana passada.

Apesar de terem registrado queda a maior parte do dia, os papéis mais negociados da Petrobras fecharam estáveis em R$ 18,63 cada. Em 12 meses, porém, a queda acumulada já ultrapassa os 21%.

Já o dólar no mercado à vista oscilou acima de R$ 2,00 o dia todo, mas fechou com ligeira queda, interrompendo três altas sequenciais acumuladas em 1,35%. A moeda norte-americana à vista terminou a R$ 2,0130 no balcão, com leve baixa de 0,05%. Em março, contabiliza alta de 1,87%. No ano, no entanto, a queda é de 1,56%.

Fonte: Jornal O Popular


Tópicos:
visualizações