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Levy reconhece risco das reformas

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06/08/2015 - 09:21

Ministro vê dificuldade de aceitação do ajuste e justifica que medidas não são “sexy e divertidas”

Brasília – O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou ontem que o governo assumiu os custos de popularidade ao realizar o ajuste fiscal e tomar medidas que possam permitir a retomada do crescimento no País. “A presidente Dilma assumiu esse risco sem temor”, enfatizou o ministro, durante abertura de seminário sobre cooperativismo de crédito, promovido pelo Banco Central.

Levy voltou a defender as medidas, afirmando que a desaceleração da economia não foi causada pelo ajuste, mas sim pelo seu enfraquecimento e esgotamento de medidas anticíclicas. E descartou a possibilidade de o Brasil voltar a crescer antes que o ajuste tenha sido finalizado. “Não adianta discutir uma agenda pós ajuste se ele não estiver completo. Ele é fundamental para voltarmos a crescer.”

Ao enfatizar a importância das medidas de cunho estrutural, como as alterações no seguro desemprego e no PIS/Cofins, o ministro reconheceu a dificuldade de aceitação do ajuste pela sociedade, afirmando que nem todas as medidas são “sexy e divertidas”.

“As reformas tiveram, além do cunho fiscal, um cunho estrutural importante. No caso do seguro desemprego, ajudamos a diminuir a rotatividade da mão de obra, que é contrária ao aprimoramento do trabalhador e capacidade dele ganhar dinheiro. As regras anteriores não incentivavam isso”, afirmou. Levy também alertou para a realidade das contas públicas e disse que o reequilíbrio do caixa do governo depende de uma discussão séria não apenas do executivo, mas com a participação também do Congresso Nacional e da sociedade.

“Para alcançar essa discussão, é necessária a participação de todos, porque isso diminui o peso que cada um terá que contribuir. É uma adequação a um novo ambiente”, avaliou.

Preocupado com os efeitos da rebelião da base aliada do Congresso sobre o ajuste fiscal, Levy afirmou que “ninguém quer ruptura em nenhum aspecto”, mas é necessário dialogar com os parlamentares “para garantir a recuperação econômica”. Após sair de uma reunião com o vice-presidente Michel Temer, articulador político do governo, Levy disse que é preciso “conversa, paciência e persistência” para votar o projeto de lei que reverte parte das desonerações da folha de pagamento, última medida do ajuste que ainda precisa passar pelo Congresso. O PL já passou pela Câmara mas ainda não foi votado pelo Senado, o que o coloca no rol das “pautas-bomba”, com potencial de gerar forte impacto nas contas do governo.

Medalha de ouro

“Estamos com medalha de ouro em custo tributário e não é isso que a gente quer.” Assim o ministro da Fazenda abordou a questão tributária e enfatizou que o governo deve simplificar impostos e “consertar o que tiver de ser consertado”.

“No caso do ICMS, é causa de enorme insegurança jurídica e inconstitucionalidade declarada de alguns benefícios”, considerou Levy.

Fonte: Jornal O Popular

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