Na Espanha, ministro afirma que ações do governo vão recolocar o País no caminho do crescimento
Madri – O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, reafirmou “ter bastante confiança” de que a política macroeconômica adotada pelo governo, com ajuste fiscal e combate firme à inflação, levará o País ao rumo do desenvolvimento. O ministro participou ontem de evento sobre Infraestrutura realizado pelo jornal El Pais, em Madri, que reuniu cerca de 150 empresários e investidores.
“Quando se faz um ajuste, primeiro tem mais custos do que resultados, em todos os países é assim, como aqui na Espanha”, destacou Levy.
“No Brasil, será mais rápido do que na Espanha por todas as razões. O ministro havia ressaltado no sábado, em Ancara, na Turquia, que acredita ver o PIB apresentando crescimento no final do ano, na margem.
O ministro destacou ontem que é importante a sociedade entender a importância do que está sendo feito pelo governo para incrementar a gestão das contas públicas, que é um esforço necessário inclusive para recuperar os índices de confiança dos agentes econômicos, sobretudo empresários e consumidores. “E principalmente (precisamos) focar nas coisas mais estruturais que vão criar esse novo Brasil que a gente quer ver logo”, apontou. Entre estas mudanças estão revisão de desonerações de impostos e simplificação na área tributária.
Ele afirmou ainda que o governo resolveu tomar medidas, de políticas fiscal, monetária e cambial, e com isso a economia “começa a se reequilibrar.”
Segundo o ministro, outra parte importante do “realinhamento” da economia veio do câmbio, que gerou mais estímulos para o setor externo, especialmente com registro de saldo positivo das exportações sobre as importações.
“O nosso balanço de pagamentos tinha um déficit crescente e começa a diminuir. A balança comercial tem superávit e a contribuição do setor externo para o crescimento do PIB pela primeira vez, desde 2005, foi positiva em 12 meses, terminados no segundo trimestre, cuja contribuição foi de praticamente de 1%.”
O ministro ressaltou a correção de preços administrados, a inflação subiu, mas com a ação “muito consistente” do Banco Central para atacar a inflação, o que “pela primeira vez vai vendo essa convergência de (expectativas) de maneira bastante significativa.”
Fonte: Jornal O Popular