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Juros: Alta da taxa Selic tem pouco efeito no crédito

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31/05/2013 - 08:34

Para a Anefac, que fez várias simulações, há uma diferença muito grande entre a Selic e as taxas cobradas dos consumidores

O aumento da taxa básica de juros em 0,50 ponto porcentual, para 8% ao ano, terá um efeito muito pequeno nas operações de crédito, avalia a Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Para a entidade, que fez simulações em diversos cenários aplicando a nova taxa, há um deslocamento muito grande entre a taxa referencial Selic e as taxas cobradas dos consumidores pelos bancos. “Na média da pessoa física (as taxas) atingem 88,61% ao ano, provocando variação de mais de 1.000% entre as duas pontas”, afirmou a entidade por meio de nota distribuída à imprensa.

De acordo coma Anefac, no caso da compra de uma geladeira em 12 meses, cujo preço à vista é R$ 1.500,00, a diferença no valor da prestação é de apenas 37 centavos, considerando que a prestação passará de R$ 160,76, com a taxa Selic anterior, para R$ 161,13, com a nova taxa de 8% ano ano.

Pressão

“O último aumento da Selic (em abril, quando a taxa passou de 7,25% para 7,50%) não repercutiu em aumentos significativos nas taxas de juros dos bancos”, lembrou o diretor-executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira.

Para Miguel, o recente ciclo de aperto monetário do Banco Central, iniciado em abril, reflete uma pressão da sociedade que está começando a ficar incomodada com o aumento da inflação. “Eles (BC) estão aumentando a taxa devido ao aumento da inflação, que começa a chegar no bolso das pessoas”, avaliou.

Santander

O economista-chefe do Banco Santander, Mauricio Molan, avaliou que o aumento na taxa básica de juros pode representar o fim do ciclo de alta na taxa de juros. “Algumas palavras usadas no comunicado do Copom sinalizam uma probabilidade elevada que essa tenha sido uma alta definitiva e que (o Copom) não vá realizar movimentos posteriores”, disse Molan, ressaltando que a alta foi descrita como sendo um processo que contribui para colocar a inflação em declínio.

“Se for verdade, temos uma decisão que faz sentido no ambiente de crescimento de demanda modesta (o consumo das famílias cresceu apenas 0,1% no trimestre)”, disse. “Senão for, esse aumento colide e pode abortar ciclo de crescimento (do PIB) que já é fraco”, emendou.

Molan disse, no entanto, que essas são interpretações possíveis, que uma visão mais clara do tema será possível apenas com a publicação da ata da reunião. “Essa interpretação é baseada nas palavras usadas no comunicado, há uma linha muito tênue entre uma coisa e outra. Apenas com a ata poderemos saber”, ressaltou

Fonte: Jornal O Popular


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