Atenção! Você está utilizando um navegador muito antigo e muitos dos recursos deste site não irão funcionar corretamente.
Atualize para uma versão mais recente. Recomendamos o Google Chrome ou o Mozilla Firefox.

Notícias

Juro futuro sobe na BM&F de olho em 2014

Facebook
Twitter
Google+
LinkedIn
Pinterest
Enviar por E-mail Imprimir
21/10/2013 - 08:18

Inflação ascendente e a depreciação do real serviram de suporte para um aumento dos prêmios no mercado de juros futuros na BM&F na sexta-feira. Após os investidores cerrarem fileiras em torno da alta de 0,50 ponto da taxa básica de juros em novembro, para 10% ao ano, o debate se deslocou para a perspectiva de que o Banco Central (BC) possa dar sequência ao aperto monetário no início de 2014.

Qualquer chacoalhão no dólar tende a pressionar os juros futuros, já que contribui para deterioração das expectativas de inflação para o próximo ano. Não por acaso, o mercado continua de olho no debate em torno da estratégia de intervenção do BC no câmbio por meio de swaps cambiais e oferta de linhas. No embalo da alta de 0,79% do dólar na sexta-feira (R$ 2,176), a taxa do contrato futuro de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2015 - que reflete justamente as expectativas para 2014 - subiu de 10,42% para 10,51%.

Depois de subir de 0,27% em setembro, o IPCA-15 avançou 0,48% este mês, acima da média de 0,42% estimada pelo Valor Data. O índice de difusão - que mede a quantidade de itens que subiram na passagem mensal - avançou de 59,5% para 65,9%, segundo cálculos do Valor Data.

A perspectiva de que o IPCA volte a rodar acima de 0,50% ao mês torna a tarefa do BC mais árdua, já que a inflação corrente tende a provocar deterioração das expectativas, dizem analistas. "Os núcleos e a difusão do IPCA mais altos preocupam. Tem muito preço represado que pode subir no ano que vem", afirma Paulo Petrassi, chefe de renda fixa da Leme Investimentos, que vê 6% como piso para a inflação em 2014. "O IPCA-15 pressionou as taxas e a alta do dólar acabou acentuando o movimento", afirma.

A percepção de aumento de risco acabou também pressionando os contratos com vencimento mais distante. O DI para janeiro de 2017 fechou a 11,43% (ante 11,25%). Foi um movimento totalmente doméstico, já que a taxa dos títulos Tesouro americano (Treasuries) de 10 anos - referência para o mercado global de renda fixa - fecharam em queda.

Fonte: Valor


Tópicos:
visualizações