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Itaú Unibanco considera aquisição no Chile

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13/11/2013 - 09:51

O Chile é um mercado estratégico para o Itaú Unibanco e uma aquisição no país andino aceleraria os planos de expansão do banco no varejo local, segundo afirmou ontem o presidente da instituição, Roberto Setubal, em apresentação a analistas e investidores. Candido Bracher, que comanda o Itaú BBA, braço de atacado do grupo, também reforçou o interesse de ganhar musculatura no Chile, mas de forma orgânica.

"O Chile é uma país com regras claras, em que o risco empresarial também é claro", disse Bracher. "Tem um sistema financeiro que cresceu de forma sustentável nos últimos anos", comentou Setubal.

Tanto no banco de atacado quanto no de varejo, o Itaú tem a pretensão de ser mais internacional. Segundo Setubal, o banco estuda uma maneira de entrar no sistema financeiro do México, empreitada que considera "difícil". Já na Argentina, contudo, ponderou que a operação do banco demanda mais cautela e tende a crescer menos.

Pelo lado do Itaú BBA, Bracher afirmou que o banco espera elevar a participação da unidade externa, que concentra as atividades em outros países, a 20% dos resultados nos próximos cinco anos. Hoje essa fatia é de 10%. Na operação internacional do atacado, os focos mais imediatos serão consolidar as operações na Colômbia e fortalecer o banco de investimentos no México.

Não é de hoje que o conglomerado manifesta interesse em ganhar espaço em outros mercados da América Latina. Só neste ano, a instituição fez um aporte de US$ 200 milhões para montar um banco na Colômbia, por meio do qual pretende oferecer crédito e assessoria financeira a empresas. No segmento de varejo, em junho, o Itaú fechou acordo de US$ 307 milhões por 51% das administradoras de cartões que a Cencosud tem no Chile e na Argentina. No mesmo mês, comprou a operação de varejo do Citi no Uruguai.

No mercado local, uma mudança na política de risco do Itaú, iniciada em 2011, permitiu que o banco experimentasse uma queda nas provisões para devedores duvidosos e também se tornasse menos vulnerável à volatilidade da economia. "Apostamos que a redução das provisões compensaria a queda nas margens, já que empréstimos mais seguros têm margens menores", disse. "O mix ficou mais 'pobre', são produtos de menor margem, mas de menor risco. Nós perdemos risco." O executivo acrescentou que a boa notícia é que, feito o ajuste, as receitas com crédito começam a aumentar.

O avanço nas receitas com serviços, que Setubal considera mais estáveis que as de crédito, também ajudou a diminuir a vulnerabilidade do banco à economia.

Para 2014, o banco espera a continuidade de queda da inadimplência, com o spread líquido de perdas também em trajetória de melhora. Ao mesmo tempo, a instituição espera manter a política de crédito mais restritiva que a adotada desde meados de 2011.

"Ainda não colhemos todos os benefícios da mudança de política de risco, vamos colher uma parte desses benefícios no ano que vem", afirmou Setubal.

O executivo reforçou também que ganhos de eficiência seguem como prioridade para o banco em 2014, com objetivo de manutenção de crescimento das despesas abaixo da inflação.

No segmento de cartões, o Itaú pretende manter o seu "market share" no próximo ano segundo Márcio Schettini, vice-presidente executivo do banco. Hoje, o banco é líder no mercado de cartões, com pouco mais de 30% de participação, no total de cartões emitidos no mercado - sem considerar a aquisição da Credicard, que ainda precisa de aprovação de reguladores.

Fonte: Valor


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