Brasília - O Brasil está tecnicamente em recessão. A constatação foi feita ontem pelo Banco Central, que tem seu próprio indicador sobre a atividade, o IBC-Br. Pelo índice, houve queda de 1,89% de abril a junho sobre uma baixa de 0,88% já vista de janeiro a março. O resultado oficial sobre o comportamento da economia no período, o Produto Interno Bruto (PIB), será divulgado pelo IBGE daqui a uma semana.
Todos os meses, o BC revisa os números antigos com base em informações mais atualizadas. Com isso, pode-se perceber que a tendência de queda já era vista desde o último trimestre de 2014 em relação ao período de julho a setembro do ano passado (-0,45%). A queda do indicador nessa magnitude, no entanto, já era esperada pelo mercado financeiro.
Atividade doméstica
O economista chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, acredita que a atividade doméstica continuará em contração nos próximos meses, ainda que de maneira mais branda. “O segundo trimestre é o fundo do poço, mas as quedas vão continuar no terceiro trimestre. Sem dúvida, porém, esta foi a pior queda”, salientou ontem, em Brasília. Para o PIB, que o IBGE trará na sexta-feira da próxima semana, a casa projeta uma retração de 1,8% na comparação com os três meses anteriores.
Fonte: Jornal O Popular