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HSBC registra lucro maior e diz ser alvo de investigação

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05/11/2013 - 09:38

O HSBC registrou aumento no lucro do terceiro trimestre, resultado que foi beneficiado por um controle de custos mais rígido e por perdas menores com empréstimos ruins. O banco também confirmou que está sendo alvo de uma investigação global sobre manipulação de negócios no mercado de câmbio.

O maior banco da Europa divulgou um lucro subjacente antes de impostos de US$ 5,1 bilhões para os três meses encerrados em 30 de setembro, alta de 10% sobre o resultado de um ano antes, após excluir o impacto de mudanças no valor da própria dívida. Em uma base estatutária, o lucro subiu 30% em relação a um ano antes. Os destaques do balanço foram os resultados em Hong Kong e no Reino Unido, que responderam por mais da metade dos lucros, compensando a queda dos ganhos na América Latina.

O diretor-presidente do banco, Stuart Gulliver, disse que houve no período sinais de uma maior recuperação da economia dos EUA, embora ela deva ser lenta, e de que o crescimento do Reino Unido deverá ser maior que o da União Europeia. "Há sinais de otimismo por aí. Sempre acreditamos que a [economia da] China teria uma aterrissagem suave... dando suporte ao resto do Pacífico Asiático", disse ele em uma conferência telefônica.

O HSBC disse estar cooperando com a agência Financial Conduct Authority, do Reino Unido, que está liderando uma investigação sobre o mercado de câmbio, que movimenta US$ 5,3 trilhões por dia, que foi ampliada e agora inclui as autoridades reguladoras de EUA, Ásia e Suíça.

Operadores de alguns dos maiores bancos do mundo, incluindo o Barclays, Citigroup e J.P. Morgan, foram suspensos ou colocados sob licença. O HSBC, que prometeu infundir uma cultura corporativa mais responsável depois de ter recebido uma multa recorde de US$ 1,9 bilhão no ano passado por um controle fraco contra a lavagem de dinheiro, disse em outubro que não suspendeu nem demitiu funcionários.

"Não suspendemos ninguém. Estamos em um estágio inicial e os nomes que nos foram dados até agora não trabalham mais para nós", disse Gulliver. O HSBC alertou para mais insegurança reguladora e separou uma provisão extra para fazer frente a possíveis acordos ou compensações. Ele fez uma reserva extra em seu private bank para cobrir uma investigação sobre cidadãos americanos com contas bancárias na Suíça.

Gulliver disse que os acordos com outros bancos estabeleceram um precedente sobre a escala do acordo, de modo que o HSBC aumentou uma provisão feita em agosto, sem especificar quanto dinheiro separou. O banco teve no trimestre passado outra despesa de US$ 428 milhões para cobrir custos de compensação no Reino Unido - bastante divididos entre as reparações esperadas relacionadas a problemas na venda de seguros, produtos de "hedge" (proteção) de juros e clientes da área britânica de gestão de fortunas.

Apesar do crescimento da investigação sobre os negócios de câmbio, com suas repercussões no recente escândalo da manipulação das taxas de juros, os investidores se concentraram na melhora do desempenho trimestral do HSBC e as perspectivas mais otimistas para seus negócios. A ação do banco chegou a subir 2,8% ontem na bolsa de Londres, para a maior cotação em oito semanas. O papel fechou com alta de 2,28%.

"Achamos que as melhores notícias estão na declaração de perspectivas. O HSBC tradicionalmente é o mais circunspecto de todos os bancos e ali eles aludiram a 'razões para otimismo', 'uma maior recuperação' e até mesmo à 'estabilização da China'. Isso é muito, vindo do HSBC", disse Alex Potter, analista da Mirabaud Securities.

O aumento dos lucros do HSBC, que ficou dentro das expectativas dos analistas, foi ajudado por uma queda de 4% nas perdas com empréstimos ruins e uma queda de US$ 700 milhões nas despesas operacionais, para US$ 9,6 bilhões, embora isso tenha ocorrido em grande parte em razão da ausência de itens extraordinários no ano passado.

Os custos subjacentes cresceram no ano em razão dos investimentos, de ajustes salariais e dos custos reguladores. As receitas permaneceram estáveis. Gulliver disse que conseguiu uma economia de custos anualizada cerca de US$ 4,5 bilhões desde 2011, o que permitiu absorver os custos de conformidade, que foram significativamente maiores. "Há uma série de pontos obscuros, o que provavelmente significa que a relação de capital que estaremos mantendo será ligeiramente maior que aquela que imaginamos há dois ou três anos", disse Gulliver.

Fonte: Valor


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