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Governo tem longo caminho para conseguir aprovar a volta da CPMF

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18/09/2015 - 09:21

Ministros da área econômica passaram horas no Congresso, nesta quinta.
CPMF só pode ser cobrada três meses depois de aprovada

Nesta semana, o Brasil tem assistido a um esforço diário do Governo para tentar aprovar a volta da CPMF. Foram várias reuniões, desde a segunda-feira (14). Nesta quinta-feira (17), os ministros da área econômica passaram horas no Congresso. Mas, mesmo se ela for aprovada, o início da cobrança da CPMF deve demorar.

A presidente Dilma chamou os líderes governistas na Câmara. Eles disseram que hoje a CPMF não seria aprovada pelos deputados, teria pouco mais de 200 votos, quando seriam necessários pelo menos 308. Mas, mesmo que o governo consiga todos os votos, terá um longo caminho para aprovar o imposto.

A caminhada começa na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Depois, vai para para uma comissão especial. Quando chegar ao Plenário da Câmara, a CPMF terá que passar por duas votações separadas. O mesmo caminho terá que ser feito no Senado.
Quanto tempo em média dura uma caminhada dessa?

No governo Fernando Henrique, a aprovação da CPMF demorou um ano e um mês. No governo Lula, foram seis meses na Câmara para que, depois, a proposta fosse derrubada no Senado.

A CPMF só pode ser cobrada três meses depois de aprovada. Então, seguindo essa média, se o governo Dilma conseguir trazer o imposto de volta, ele deve começar a valer em janeiro de 2017.

Quem tem poder para acelerar este processo é o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. A equipe econômica conta com R$ 32 bilhões da CPMF para cobrir o rombo na Previdência. Mas o pacote de medidas anunciado na semana passada ainda nem foi enviado para o Congresso.

“Nós teríamos muita dificuldade, mesmo sabendo do que trata a matéria, da nossa posição contrária ou favorável à CPMF, de que ela possa vigorar antes de 2017”, afirmou o deputado Júlio Delgado, PSB-MG.

Os ministros da Fazenda e do Planejamento passaram seis horas dando explicações a mais de 120 deputados e senadores. Disseram que não pretendem mudar as propostas.

“Não, o governo tem Plano A, e esse Plano A, estamos empenhados em aprová-lo”, declarou Nelson Barbosa, ministro do Planejamento.

O ministro da Fazenda reconheceu que as negociações estão apenas começando. “Evidentemente depois há o processo legislativo de discussão etc, mas isso seria uma segunda etapa”, disse Joaquim Levy, ministro da Fazenda.

Os ministros ouviram muito, também, queixas do aperto contra o funcionalismo e de que o governo cortou menos do que poderia.

“O entendimento é que essas medidas, os cortes não são suficientes e que as receitas possam sofrer reação, inclusive na questão da CPMF”, afirmou a senadora Rose de Freitas, PMDB-ES, presidente CMO.

Mas cortar mais de onde? A oposição diz que a presidente Dilma tem que rever programas sociais.

“Ela, para ganhar as eleições, ela foi aumentando R$ 3 bilhões de um programa, R$ 10 bilhões de outro, R$ 5 bilhões de outro, usando dinheiro do FGTS para financiar Minha Casa Minha Vida, saiu de R$ 2 bilhões pra R$ 8 bilhões, então o governo ficou muito inchado em 2014”, disse o deputado Rodrigo Maia, DEM-RJ.

O líder do governo no Senado disse que a equipe econômica fez um esforço como poucas vezes se viu.

“O governo cortou bastante. O governo, no orçamento de 2015 para 2016, o governo ele cortou quase R$ 84 bi, é só olhar o orçamento. Não foi pouco, não. E agora, mais R$ 26 bi, inclusive em programas importantes para o governo, porque o governo entendeu que o momento era de sacrifício”, apontou o senador Delcídio Amaral, PT-MS, líder do Governo.

Fonte: Jornal Nacional

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