Nota de risco do país foi mantida em 'BBB'.
Em abril, Standard & Poor's rebaixou grau de risco do Brasil.
A agência de classificação de risco Fitch Ratings afirmou nesta quinta-feira (10) que manteve a nota de risco da economia do Brasil em BBB – acima, portanto do grau de investimento.
Segundo a agência, a nota reflete a diversidade econômica do país, as instituições relativamente desenvolvidas, uma alta capacidade de absorção de choques com uma robusta posição externa líquida e um sistema bancário adequadamente capitalizado.
"Esses fatos são contrabalanceados pela fraqueza estrutural das finanças públicas do país, endividamento público relativamente alto, baixas taxas de poupança e investimento e progresso limitado em melhorar a competitividade e a flexibilidade fiscal", diz a agência em nota.
A Fitch também manteve a perspectiva estável para o rating brasileiro, indicando que a nota não deve sofrer alterações no curto prazo.
A avaliação da agência é que as eleições presidenciais em outubro devem ocorrer de forma "suave", mantendo a governabilidade "intacta" apesar de protestos periódicos em determinadas cidades, e que não deve haver mudanças substanciais na política econômica após as eleições.
Análise
Em abril, a Fitch informou que a capacidade das autoridades brasileiras de fazer políticas de ajustes que direcionem a economia e desequilíbrios fiscais seriam foco para a análise da nota do país até as eleições presidenciais de outubro.
Na ocasião, também informou, contudo, que a deterioração em alguns dos fundamentos do crédito soberano do Brasil está dentro, até o momento, da tolerância de classificação da nota 'BBB' (grau médio).
Rebaixamento pela Standard & Poors
No final de março, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota de crédito soberano do Brasil, que reflete a confiança de investir no país, de "BBB" para "BBB-". A S&P também mudou a perspectiva do rating de negativa para estável.
Fonte: G1