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Estudo: 48% das pessoas nunca pouparam para aposentadoria

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25/02/2013 - 10:06

Pesquisa do HSBC revela ainda que 56% dos entrevistados se dizem despreparados para viver com mais conforto após se aposentarem

São Paulo - Quase metade das pessoas com mais de 25 anos (48%) em 15 economias do mundo nunca guardaram dinheiro para sua aposentadoria. O dado é de uma pesquisa global feita pelo HSBC, que revelou também que 56% dos entrevistados assumem não estar preparados de forma adequada para viver de forma confortável depois que se aposentarem.

Mesmo aqueles que se preparam para o futuro podem ter uma surpresa ruim com o passar dos anos. As pessoas entrevistadas para a pesquisa esperam, na média mundial, que seu período de vida depois da aposentadoria seja de 18 anos. Ao mesmo tempo, elas acreditam que as economias guardadas para viver esta fase durem apenas dez anos. “A segunda metade da aposentadoria, muitas vezes, coincide com o ponto em que os custos com saúde, com cuidados de longa duração (atenção diária por longo prazo) aumentam, colocando questões importantes sobre a forma como as pessoas vão lidar com os custos adicionais”, alerta o relatório.

O estudo O Futuro da Aposentadoria: Uma nova realidade é o oitavo de uma série elaborada pelo HSBC e representa a visão de mais de 15 mil pessoas consultadas para a pesquisa, na Austrália, Brasil, Canadá, China, Egito, França, Hong Kong, Índia, Malásia, México, Cingapura, Taiwan, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos. Para a análise, foram ouvidas pessoas de 25 anos ou mais, durante os meses de julho e agosto de 2012.

Os entrevistados acreditam que, para manter um padrão de vida confortável, devem manter 78% da renda atual no período pós-aposentadoria, o que, segundo o HSBC, é “muito maior” do que a renda que provavelmente será alcançada. No Brasil, a expectativa é de ter uma vida confortável com 70% da renda atual, enquanto no Egito a porcentagem chega a 98%.

Na média, a expectativa mundial é de que 24% da renda seja proveniente do Estado ou de benefícios sociais. Para os entrevistados entre 25 e 34 anos, a proporção cai para 20%, enquanto para a faixa etária entre 66 e 64 anos, a expectativa é que o Estado responda por 35% da renda após a aposentadoria. Quase um terço (32%) espera contar com o Estado como a principal fonte de renda.

Crise e planejamento

Os eventos na vida dos cidadãos impacta diretamente no quanto eles são capazes de poupar. Em um momento de crise ou necessidade pessoal, ainda que positiva, as pessoas tendem a cortar ou diminuir o quanto poupam. Quase a totalidade (90%) das pessoas admite que sua capacidade de poupar é afetada significativamente por eventos da vida. A atual crise econômica teve impacto negativo para 26% dos entrevistados na poupança para aposentadoria.

De acordo com o HSBC, aqueles que têm um planejamento financeiro conseguem poupar mais. Questionados sobre quanto estão juntando mensalmente para a aposentadoria, os entrevistados que têm um plano escrito feito junto a um profissional do ramo financeiro responderam que guardam US$ 417. Já aqueles que não têm planejamento algum poupam em média US$ 77 por mês.

Em 2011, a pesquisa apontou que 50% dos entrevistados não tinham um planejamento financeiro. Na pesquisa deste ano, em compensação, quando foram incluídos tanto os métodos formais de planejamento com os informais - como o próprio pensamento -, 77% das pessoas, na média, disseram ter algum plano financeiro. Na média, as pessoas começam a poupar para sua aposentadoria aos 26 anos, mas só começam a se planejar financeiramente para a aposentadoria quando chegam aos 30 anos.

Diferenças culturais

O estudo aponta as diferenças culturais no comportamento dos países com relação à poupança. Segundo o relatório, há uma diferença “nítida” no comportamento das economias ocidentais como Reino Unido, Austrália e México com relação às asiáticas, como Índia, Hong Kong, Cingapura e Malásia. Enquanto no primeiro grupo os países, se tiverem de priorizar, optam pelas poupanças de curto prazo - para férias, por exemplo -, no segundo, a escolha é pelas aspirações de longo prazo.

“Isso sugere que a decisão de não poupar para a aposentadoria também é influenciado por diferenças culturais, e ao invés de simplesmente falta de meios financeiros. Famílias em alguns países atribuem menor prioridade à poupança para uma aposentadoria confortável”, diz o relatório.

Fonte: Jornal O Popular


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