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Emergentes: Começa hoje a Cúpula do Brics

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14/07/2014 - 09:43

São Paulo - Os países integrantes do Brics (sigla do bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) iniciam hoje o encontro de cúpula de chefes de Estado e governo, em Fortaleza, Ceará. As mudanças na política monetária da União Europeia e dos EUA, que na última quarta-feira anunciaram o fim das medidas de estímulo à economia em outubro, serão o principal tema da reunião.

Os líderes do Brics estão preocupados com o crescimento de seus países, a liberalização do comércio e a maior participação nas decisões econômicas mundiais. Essa preocupação estará expressa na declaração final em negociação pelos sherpas, como são chamados aqueles que organizam previamente o encontro.

A Declaração de Fortaleza terá 50 artigos e será entregue aos chefes de Estado amanhã. Embora os países desenvolvidos não sejam citados no texto, eles serão criticados, especialmente pela paralisação do processo de reformas no sistema de cotas do Fundo Monetário Internacional (FMI).

A reunião de cúpula do Brics terá duas faces: a política, com a posição do grupo sobre temas delicados, como a situação no Oriente Médio e na Ucrânia; e a econômica, ponto forte do encontro. No segundo caso, os ministros da Fazenda e presidentes dos bancos centrais se reúnem hoje, quando o desenho do banco de desenvolvimento será concluído.

A instituição entrará em funcionamento dentro de um ano, segundo o Ministério da Fazenda, mas é fundamental sua aprovação pelo Legislativo brasileiro. A expectativa era que a sede do banco, disputada por todos os membros, à exceção do Brasil, e a presidência da instituição, desejada pelo governo brasileiro e pelos demais integrantes do bloco, só serão decididas pelos chefes de Estado.

Investimentos

A China deve anunciar investimentos nos setores de transportes, energia e alimentos durante a passagem do presidente Xi Jinping ao Brasil nesta semana, por ocasião do encontro do Brics, em Fortaleza. Os investimentos em projetos de infraestrutura, que podem incluir estradas de ferro, usinas de energia elétrica e exploração de petróleo, devem beneficiar ambas nações, de acordo com o presidente da Câmara de Comércio Brasil-China, Charles Tang.

“A China tem grande interesse nas commodities brasileiras, portanto, quer investir em estradas no Brasil para reduzir o custo do transporte”, disse Tang. “É uma situação em que os dois lados ganham, porque o governo brasileiro quer atrair investimentos para a infraestrutura”, disse.

Os líderes dos Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - também devem anunciar progressos relacionados ao Arranjo Contingente de Reservas (CRA), um fundo para socorrer nações durante crises.

Mas o relacionamento do Brasil com a China deve ser o foco da vinda do líder chinês ao País. Após a conclusão do encontro dos Brics na quarta-feira, Xi permanecerá no Brasil para uma visita de Estado.

Canal de interação

O ministro do Desenvolvimento e Comércio do Brasil, Mauro Borges, disse que ambas nações estão em busca de um canal de interação econômica. O Brasil quer exportar mais produtos de maior valor agregado para a nação asiática. A China é o maior parceiro comercial do Brasil, tendo importado US$ 21,8 bilhões do Brasil no ano passado, em sua maioria minério de ferro e soja.

“A China continuará a ser um parceiro importante” em commodities, disse Borges, mas “queremos ampliar a pasta de nossas exportações” para o país asiático.

Fonte: Jornal O Popular

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