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Economistas não previram desastre de 2015

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07/12/2015 - 09:03

São Paulo - Faltam poucas semanas para o fim de 2015 e o ano termina com uma recessão profunda, que surpreendeu analistas. O boletim Focus, do Banco Central, mostra que, na primeira medição do ano, a média dos analistas esperava alta de 0,5% do PIB. Os mais pessimistas, queda de 1%.

O levantamento mais recente, fechado no dia 27, apontava para recuo de 3,19% do PIB. Mas, com o péssimo resultado da economia no terceiro trimestre, divulgado na terça (1º), as projeções já se aproximam de queda de 4%.

Para os economistas, a recessão está grave por causa da incapacidade do governo de arrumar as contas públicas e da forte crise política, que culminou na abertura do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Os dois fatores paralisaram a economia.

“O grande choque que tivemos foi a inoperância política. Sabíamos que a presidente tinha dificuldade política, mas não se imaginava que entrasse num clima de isolamento tão grande”, afirma Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados.

Um dos setores que mais sofrem com a retração é a indústria. A previsão inicial de alta de 1% na produção neste ano virou tombo de 7,5%. A inflação, que no início do ano se imaginava que chegaria ao topo da meta, a 6,56%, deve fechar 2015 em 10,38%.

Segundo Thaís Zara, economista-chefe da Rosemberg & Associados, os preços da energia elétrica subiram mais do que o esperado, porque o represamento feito pelo governo no ano passado foi maior que o projetado.

Para segurar os preços, o Banco Central subiu a taxa de juros. A Selic, que tinha previsão de fechar em 12,50%, está em 14,25%.

O câmbio foi outra imensa surpresa. No início do ano, as projeções indicavam dólar a R$ 2,80. Hoje, apontam para R$ 3,95. A fuga de capitais foi mais intensa por causa da perda do selo de bom pagador da agência Standard & Poor’s.

O único indicador que deve vir melhor que o esperado é o saldo da balança comercial, mas pelos motivos errados.Para 2016, os analistas falam em queda do PIB de 2%. Mas a situação está imprevisível. Dependendo da instabilidade provocada pelo processo de impeachment, podem errar de novo. E para pior.

Fonte: Jornal O Popular

 

 

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