Atenção! Você está utilizando um navegador muito antigo e muitos dos recursos deste site não irão funcionar corretamente.
Atualize para uma versão mais recente. Recomendamos o Google Chrome ou o Mozilla Firefox.

Notícias

Dólar tem nova disparada

Facebook
Twitter
Google+
LinkedIn
Pinterest
Enviar por E-mail Imprimir
24/07/2015 - 09:03

Moeda fecha a R$ 3,29, o maior valor desde março. Meta fiscal e calote grego estão entre vilões

Os riscos do afrouxamento das metas do reajuste fiscal foram os responsáveis mais recentes da alta do dólar. O receio do calote da dívida grega e a queda da bolsa chinesa recheiam a lista deste mês e demonstram a fragilidade da moeda brasileira diante da norte-americana. Essa gangorra de números e gráficos que podem parecer obscuros para boa parte da população atinge diretamente o bolso do consumidor. Viagens, produtos importados e até produzidos aqui tendem a ficar mais caro, sobretudo, se se confirmarem as previsões de valorização do dólar até o fim do ano.

Embora problemas econômicos do outro lado do mundo sejam ingredientes a mais para as contínuas desvalorizações do real, o principal fator para esse fenômeno é o próprio desarranjo da economia nacional. O investidor está cauteloso e de olho nas medidas tomadas pelo governo federal para imprimir o reajuste fiscal. Quarta-feira, ao anunciar a redução da meta do superávit de 1,13% para 0,15%, o ministro da Fazenda Joaquim Levy e, do Planejamento, Nelson Barbosa, causaram mais um mal-estar no mercado financeiro. Ontem, o dólar fechou a R$ 3,2958 (alta de 2,17%), a maior cotação desde março, quando atingiu R$ 3,2965. Mas em boa parte das casas de câmbio de Goiânia o dólar foi vendido a R$ 3,49. Isso significa 14 centavos a mais que na quarta-feira.

O impacto imediato dessa oscilação é para quem pretende viajar para o exterior. O sobrepreço começa já nas passagens aéreas, cuja cotação é em dólar. Serviços contratados e produtos comprados lá fora também estarão mais caros. De quebra, ainda existem os imprevistos. A fatura do cartão de crédito daquela compra do mês passado no exterior que será fechada agora acompanha o valor do dólar atual. Mas o economista Flávio Guerra explica que existem fatores positivos dentro do negativo. “Acaba sendo uma proteção, já que as pessoas pensam mais antes de gastar lá fora”, diz.

Mas os aspectos negativos ganham e de longe dos benefícios. A alta do dólar pressiona a inflação, diminuindo o poder de compra do consumidor. O problema é que não é somente deixar de lado as compras dos produtos importados como bebidas, perfumes e cosméticos, porque eles não são os únicos afetados. Muitos insumos de produtos produzidos aqui vêm de fora. “A indústria nacional fica sem concorrentes, aumentando os preços”, diz Guerra.

Pontos positivos

Um dos setores mais beneficiados com a alta do dólar é o agronegócio, pilar da economia goiana. Segundo o economista Maurício Faganelo, da Moka 21 Consultoria, existem produtores travando a saca de soja no mercado futuro a R$ 78.

A média histórica gira em torno de R$ 65. Na outra ponta, a concorrência na venda de insumos aumentou bastante, diminuindo os preços de alguns produtos. Sementes de soja, por exemplo, estão sendo comercializadas com até 8% mais baratas que na safra anterior e as de milho até 10% abaixo do valor. “Somente representantes de sementes em Rio Verde são 44. A concorrência está alta e pressiona os preços para baixo.” O turismo nacional também tende a absorver passageiros daqui que desistiram de viajar para o exterior. Além disso, pode aumentar o embarque de estrangeiros para aproveitar a desvalorização da moeda nacional.

Casas de Câmbio

Com a forte variação do dólar o ritmo das negociações ontem despencaram nas casas de câmbio de Goiânia. Segundo o gerente da Dayconal Câmbio, Gilmar Polot, a comercialização efetiva da moeda foi de apenas 30% se comparada a um momento de estabilidade. “É um movimento normal. A tendência é de que volte a comercialização normal uma semana após a estabilização”, diz.

 

Fonte: Jornal O Popular

Tópicos:
visualizações