Depois da divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que definiu o aumento do juro básico - taxa Selic - para 11% ao ano, o dólar à vista no balcão terminou perto da estabilidade ontem depois de uma sessão volátil.
Nos últimos minutos do pregão a moeda virou e fechou em leve alta. O dólar à vista no balcão terminou o pregão cotado a R$ 2,2010, uma alta de 0,14%, depois de oscilar entre a mínima de R$ 2,1860 (-0,55%) e a máxima de R$ 2,2080 (+0,45%).
Para economistas, influenciou os negócios com câmbio a interpretação de investidores de que, ao sinalizar na ata que a política econômica deve permanecer vigilante em relação à inflação, o Banco Central indicou que deverá promover novas altas de juros caso o IPCA (índice de preços oficial do governo) não ceda.
O aumento da Selic tem dois efeitos: tende a encarecer o crédito e reprimir o consumo, o que desincentiva aumentos de preço, e atrai investidores estrangeiros - interessados em investir em títulos remunerados pelos juros -, aumentando o fluxo de dólares para o Brasil.
Elad Revi, analista da Spinelli Corretora, acredita que o Copom suba a Selic em mais 0,25 ponto porcentual na próxima reunião, em maio. “Estamos nos aproximando da Copa e das eleições, períodos de gastos do governo, que pressionam a inflação.”
Na Bolsa, o Ibovespa, principal índice, caiu menos que os pares internacionais: 0,11%, aos 51.127 pontos.
Fonte: Jornal O Popular