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Dólar fecha no maior valor desde 2005 após renúncia de Graça Foster

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05/02/2015 - 08:55

A moeda norte-americana avançou 1,78%, cotada a R$ 2,7420.
Dados sobre os EUA e queda do petróleo também influenciaram o mercado.

O dólar fechou em alta nesta quarta-feira (4), anulando as perdas da véspera. O mercado reage à renúncia de Graça Foster da presidência da estatal, anunciada mais cedo. Além disso, dados de emprego nos Estados Unidos alimentaram expectativas de aperto monetário no país.

A moeda norte-americana avançou 1,78%, cotada a R$ 2,7420. Veja a cotação. Com isso, o dólar voltou a atingir o maior valor desde 2005. Segundo dados do Banco Central, no dia 17 de março daquele ano, a moeda fechou a R$ 2,7522 na venda.

A última vez que a moeda havia atingido a máxima desde 2005 foi no dia 16 de dezembro de 2014, quando fechou cotada a 2,7355, o maior valor do ano. A cotação daquela data foi a maior desde 28 de março de 2005, quando a divisa fechou a R$ 2,7385, segundo dados do BC.

Um dos fatores que influenciou o mercado foi a notícia sobre a saída de Graça da estatal. A renúncia é vista como um bom sinal, mas ao mesmo tempo amplia as incertezas com o futuro da empresa.

"A história da Petrobras ainda vai ter desdobramentos, e é isso que o mercado está esperando antes de mudar posições", disse à Reuters o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo. "Se a nova diretoria tiver de fato um perfil mais técnico, será mais um sinal de que o governo está buscando recuperar a confiança do mercado."

O impacto da Petrobras sobre as expectativas para o câmbio se dá especialmente pelo fato de a estatal ser uma das principais emissoras de dívida no mercado internacional, o que mexe diretamente com as perspectivas de entrada de capital.

Além disso, cálculos indicam que o impacto financeiro direto e indireto dos investimentos da estatal equivale a cerca de 10% do PIB, o que ressalta o peso da Petrobras na economia e a influência negativa da crise na estatal sobre a atividade como um todo.

Fatores externos
A perspectiva de que os juros dos EUA subam em breve foi reforçada nesta sessão por dados sobre o mercado de trabalho do país. O setor privado norte-americano criou 213 mil postos de trabalho em janeiro, levemente abaixo das expectativas de economistas, mas o resultado foi compensado pela revisão para cima do dado de janeiro, que subiu 12 mil, a 253 mil. A persistente queda dos preços do petróleo também contribuiu para o avanço.

"O número de janeiro (de emprego dos EUA) é neutro, mas a revisão de dezembro foi forte. Mais uma vez, isso faz o mercado ficar preocupado com o aperto monetário nos Estados Unidos", disse à Reuters o economista da 4Cast, Pedro Tuesta.

Mais cedo, o banco central da China cortou a taxa de compulsório dos bancos para estimular o crescimento econômico, injetando mais liquidez na segunda maior economia do mundo.

"A impressão que eu tenho é que o dólar estava baixo demais e a alta dos últimos dias serviu para corrigir esse desequilíbrio", disse à Reuters o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca.

Vários analistas vêm estimando que o "valor justo" do dólar em relação ao real deveria ser mais alto do que o atual, devido à deterioração de fundamentos macroeconômicos do Brasil. Na pesquisa Focus do Banco Central, economistas de instituições financeiras esperam que a divisa norte-americana acabe 2015 a R$ 2,80, refletindo ainda a expectativa de alta dos juros norte-americanos.

Neste ano, a moeda norte-americana acumula alta de mais de 3,3% sobre o real. Estes ganhos também foram impulsionados por declaração do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que afirmou na sexta-feira passada não haver a intenção de manter o câmbio sobrevalorizado.

Programa cambial
Nesta manhã, o BC deu continuidade às intervenções diárias, vendendo a oferta total de até 2 mil swaps cambiais. Foram vendidos 800 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1.200 contratos para 1º de fevereiro de 2016, com volume correspondente a US$ 98 milhões de dólares.

O BC também vendeu a oferta integral de até 13 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de março, equivalentes a US$ 10,438 bilhões. Ao todo, já rolou cerca de 18% do lote total.

Fonte: G1

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