Moeda dos Estados Unidos perdeu 0,21%, para 2,2088.
Busca por real puxou desvalorização, mas BC impediu queda maior do dólar.
O dólar fechou em queda nesta segunda-feira (19), com maior busca por investimentos de risco – que é o caso do real – e da entrada de dólares no país, mas a constante intervenção do Banco Central evitou movimentos mais expressivos.
A agenda esvaziada de notícias econômicas também ajudou a moeda norte-americana a manter a tendência de pequenas movimentações das últimas semanas.
A moeda dos Estados Unidos perdeu 0,21%, para 2,2088. Veja cotação
"O apetite por risco cresceu no fim da manhã, à medida que as bolsas dos Estados Unidos ganharam um pouco mais de força e as moedas emergentes acompanharam", afirmou à Reuters o economista da 4Cast, Pedro Tuesta.
Com isso, o dólar perdeu contra moedas como os pesos mexicano e chileno. No Brasil, as oscilações eram um pouco mais contidas, refletindo a atuação do BC no câmbio.
A moeda norte-americana tem variado entre R$ 2,20 e R$ 2,25 desde o início de abril, diante de avaliações de que esses níveis agradariam o BC por não serem inflacionários e, ao mesmo tempo, não prejudicarem as exportações.
"O dólar tem girado em torno desses R$ 2,21 e hoje (segunda) não me parece haver nada na agenda que possa gerar grandes oscilações", disse à agência o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.
Entrada de dólares e ações do BC
A estabilidade do câmbio também reflete o quadro de entrada de recursos externos no Brasil e o contexto internacional mais positivo para ativos (bens e recursos) de países emergentes. Neste ano, até o dia 9 de maio, o país recebeu US$ 3,104 bilhões em termos líquidos, segundo dados do BC.
"O fluxo melhor não está sendo suficiente para levar o dólar abaixo de R$ 2,20, mas com certeza deixa o mercado mais tranquilo", disse o operador da corretora B&T, Marcos Trabbold. Quanto mais moedas entram no país, mais baixo fica o seu valor.
Pela manhã, o BC deu continuidade às atuações diárias vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Todos os contratos vendidos têm vencimento em 2 de março de 2015, com volume equivalente a US$ 198,3 milhões.
O Banco Central também ofertou swaps para 1º de dezembro deste ano, mas não vendeu nenhum. Em seguida, vendeu a oferta total de swaps em leilão de rolagem. Até agora, o BC rolou pouco menos de 30% do lote total que vence no próximo mês, equivalente a US$ 9,653 bilhões.
Fonte: G1