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Dólar fecha em alta com valorização sobre moedas ligadas a commodities

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12/03/2014 - 12:47

SÃO PAULO  -  Depois de operar em queda durante a manhã, o dólar ganhou força frente ao real no período da tarde e acabou fechando em alta, acompanhando a valorização da moeda americana frente às divisas atreladas a commodities. 

O dólar comercial subiu 0,59%, fechando a R$ 2,3670, maior patamar desde 20 de fevereiro. Já o contrato futuro para abril avançava 0,57% para R$ 2,378.

Lá fora, as divisas atreladas a commodities lideraram as perdas, ainda repercutindo os dados fracos da balança comercial da China divulgados no último fim de semana que levaram a uma queda dos preços desses ativos no mercado internacional. A notícia trouxe um aumento da aversão a ativos de risco, trazendo dúvidas em relação ao crescimento da China.

O dólar australiano recuava 0,49%, enquanto o rand sul-africano perdia 1,18%. 

O peso chileno fechou em queda de 0,78% frente ao dólar, com o cobre, principal produto exportado pelo país, recuando  2,62% hoje.

No mercado local, operadores afirmam que investidores que montaram posições vendidas em dólar ontem, diante da notícia da captação da Petrobras, hoje estão buscando reverter parte dessas apostas comprando a moeda americana. A Petrobras ontem captou US$ 8,5 bilhões por meio de uma emissão de bônus no exterior. Ainda não é certo que todo o dinheiro captado ingressará no Brasil, uma vez que a empresa deve deixar parte dos recursos no exterior para rolar dívidas em dólar e pagar as importações.

O dólar chegou a cair pela manhã, atingindo a mínima de R$ 2,34, diante de declarações do diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, ontem ao jornal “The Wall Street Journal” após o fechamento do mercado, segundo o qual a interpretação de parte do mercado de que o BC não fará a rolagem integral do lote de US$ 10,148 bilhões a vencer em abril está equivocada. “O Banco Central pode rolar todos eles [os contratos de swap], ou não. Temos essa escolha”, disse o diretor do BC.

As incertezas em relação à rolagem dos contratos vieram à tona depois que, na sexta-feira, o BC anunciou apenas as condições de um leilão de rolagem (que ocorreu ontem) e não um comunicado no qual explicitava ou sinalizava que mais operações com esse intuito seriam realizadas. 

Hoje o BC renovou mais 10 mil contratos, cuja operação somou US$ 492,8 milhões. O BC tem rolado até US$ 500 milhões por dia. Se mantiver esse ritmo, o total renovado até o fim do mês será de US$ 8 bilhões, inferior ao total de US$ 10,178 bilhões a vencer. O diretor BC, no entanto, deixou claro que a autoridade monetária pode acelerar o passo e rolar todo o lote. “Eu ainda acho que eles vão rolar tudo”, diz o especialista em câmbio da ICAP Corretora, Italo Abucater, que chamou atenção ainda para a referência do diretor do BC a respeito da eficácia dos leilões de câmbio. “O Banco Central está mesmo satisfeito com os resultados do programa e, considerando a chance de a volatilidade aumentar no segundo semestre por causa das eleições, eu não descartaria as chances de o BC estender novamente o programa”, afirma o especialista.

Seguindo o cronograma do programa de intervenção no câmbio, o BC vendeu hoje todos os 4 mil contratos de swap cambial ofertados no leilão, cuja operação somou US$ 198 milhões.

Fonte: VALOR


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