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Dólar e juro caem em dia de trégua para emergentes

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07/02/2014 - 10:13

Após o movimento de venda generalizada de ativos emergentes verificado desde 31 de janeiro, quando saiu o dado fraco do setor industrial na China, os mercados financeiros têm verificado nos últimos três dias uma trégua do movimento de aversão a risco, com os investidores aproveitando para realizar lucros após a forte queda dos preços desses ativos.

Ontem, os mercados de câmbio e juros tiveram um dia tranquilo, com os investidores buscando se posicionar para o dado do relatório de emprego nos Estados Unidos que será divulgado hoje. A expectativa é que o número pode ficar abaixo do esperado pelo mercado após o dado fraco mostrado pela ADP de criação de vagas no setor privado ontem.

O dólar caiu pelo terceiro dia consecutivo ante o real, acompanhando a desvalorização da moeda americana no mercado externo. Já os juros futuros com prazos mais longos fecharam em ligeira queda. O dólar comercial fechou em queda de 0,71% a R$ 2,3830, menor nível desde 22 de janeiro, acumulando uma queda de 2,22% nos últimos três dias.

A diminuição da preocupação com uma alta antes do esperado da taxa de juros nos Estados Unidos deu suporte ao aumento de apetite por ativos de risco, promovendo uma recuperação das moedas emergentes. Para o estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil, Luciano Rostagno, esse movimento reflete uma correção de curto prazo e não indica uma mudança de tendência para as moedas emergentes. Apesar de um dado fraco do "payroll" de dezembro, o Federal Reserve tem sinalizado que seguirá com a estratégia de redução dos estímulos monetários, que hoje somam US$ 65 bilhões por mês.

No mercado interno, o governo vem promovendo um esforço para tentar recuperar a credibilidade no âmbito fiscal. Os investidores aguardam o anúncio da nova meta de superávit primário. "O investidor ainda não está convencido de que o governo vai buscar um resultado fiscal mais forte em um ano eleitoral e o mercado vai esperar pelos resultados concretos", diz Rostagno.

Na BM&F, os juros futuros mais longos, que haviam mergulhado na quarta-feira, desceram mais um degrau ontem. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2014, mais sensível à aversão ao risco, caiu de 12,75% para 12,73%. Contribuiu para o recuo dos prêmios de risco a estratégia de atuação do Tesouro Nacional, com leilões extraordinários de resgate e o cancelamento da venda de papéis prefixados.

Na contramão, o DI para janeiro de 2015, que abriga as apostas sobre a extensão do atual ciclo de aperto monetário, subiu de 11,46% para 11,49%. Esvaziado o movimento especulativo em torno de um choque de juros após conversas de diretores do Banco Central com gente influente no mundo financeiro, o mercado se atém à aposta de manutenção do ritmo de aperto, com alta da Selic em 0,50 ponto no fim deste mês, para 11% ao ano. Atribuiu-se ontem a alta dos DIs curtos a rumores de que a presidente Dilma Rousseff vai reforçar publicamente o discurso de busca pelo centro da meta da inflação (4,5%), deixando o BC livre para prolongar o aperto monetário até o ponto necessário para enquadrar o IPCA.

Fonte: Valor


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