Joaquim Levy se tornou a principal opção para o Ministério da Fazenda.
A moeda norte-americana caiu 1,17%, a R$ 2,5070.
O dólar fechou em queda frente ao real nesta quarta-feira (26), com investidores ainda aguardando o anúncio oficial da equipe que comandará a economia no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, que é esperado para quinta-feira.
A moeda norte-americana caiu 1,17%, a R$ 2,5070. Veja cotação. Este foi o sexto fechamento em baixa em sete sessões. Foi também o primeiro fechamento na casa dos R$ 2,50 desde o começo do mês, quando, no dia 4, a moeda fechou cotada a R$ 2,5054. Nesta terça, a cotação chegou a atingir R$ 2,4960 na mínima da sessão, segundo a Reuters.
Na semana, o dólar acumula queda de 0,58%. No mês e no ano, há valorização de 1,14% e 6,34%, respectivamente.
Ex-secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy se tornou a principal opção para o Ministério da Fazenda. Caso isso se confirme, Nelson Barbosa deve assumir o Planejamento e Alexandre Tombini permanecerá na presidência do Banco Central.
Os mercados continuam demonstrando bom humor com os nomes. A avaliação é de que a trinca indica que a presidente Dilma Rousseff reconhece a necessidade de mudança na política econômica.
"O mercado está entusiasmado. Como a confiança melhorou, o investidor acaba desfazendo muitas posições que tinha montado para se resguardar de uma possível decepção", disse à Reuters o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.
A espera do mercado pela nova equipe econômica do governo também influenciou a Bovespa, que fechou em queda nesta quarta. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa paulista, caiu 0,83%, aos 55.098 pontos.
Influência do cenário externo
O cenário internacional também influenciou o mercado. "Parece que a recuperação econômica dos Estados Unidos não está tão forte quanto parecia", disse à Reuters o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.
Números sobre as vendas de moradias para uma única família e vendas pendentes de moradias em outubro frustraram as expectativas do mercado e contribuíram para fazer o dólar ampliar as perdas no exterior. Já a confiança do consumidor dos Estados Unidos subiu em novembro para o maior patamar em mais de sete anos.
Investidores têm avaliado com atenção indicadores econômicos sobre os EUA à medida que o Federal Reserve, banco central norte-americano, começa a preparar o terreno para, eventualmente, elevar as taxas de juros. Além disso, os gastos dos consumidores norte-americanos cresceram levemente em outubro, e uma importante medida dos planos de investimento de empresas caiu pelo segundo mês consecutivo, sugerindo alguma desaceleração no ritmo do crescimento econômico.
Intervenção do BC
Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais que equivalem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 1,25 mil contratos para 1º de junho e 2,75 mil para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a US$ 197,1 milhões.
O BC também vendeu nesta sessão a oferta integral de até 14 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 1º de dezembro, equivalentes a US$ 9,831 bilhões. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 89% do lote total.
Fonte: G1