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Dólar abaixo de R$ 2,20 derruba juro futuro

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28/10/2013 - 10:16

Os juros futuros longos recuaram na BM&F na semana passada sob efeito da combinação do alívio do dólar e de novo tombo dos títulos do Tesouro americano (Treasuries). A perspectiva de que o comitê de política monetária do Federal Reserve (banco central americano), que se reúne esta semana, começará a reduzir os estímulos monetários apenas em 2014 dá fôlego aos ativos emergentes, como o real e papéis públicos brasileiros.

O dólar, que vinha pressionado internamente por dúvidas sobre a atuação do Banco Central, perdeu força na sexta-feira. A moeda americana fechou a sexta em queda de 0,55%, a R$ 2,189, em reação à decisão do BC de retomar a rolagem do lote de US$ 8,87 bilhões de contratos swaps cambiais que vencem no dia 1º de novembro. "O BC tem a prerrogativa de colocar o quanto ele quiser no leilão, mas parece que ele quer o dólar a R$ 2,20, que é bom para a inflação, para a Petrobras e para o país na visão dele e do governo", diz João Medeiro, diretor de câmbio da Pioneer Corretora.

Sem a perspectiva de depreciação cambial aguda no radar, diminuem os riscos de que a inflação, embora ainda alta e resistente, ameace uma arrancada. Com isso, os investidores estrangeiros acorrem ao país em busca dos prêmios oferecidos pela renda fixa brasileira. Na BM&F, os contratos futuros de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2017 - mais ligado à percepção de risco - caíram de 11,37% a 11,28% na sexta, alinhado com o comportamento da taxa das Treasuries de 10 anos, que se aproximou do piso de 2,50%. Já o derivativo para janeiro de 2015 caiu de 10,52% para 10,47%.

Estrategistas e operadores de renda fixa veem espaço para que o DI para janeiro de 2017 recue, sem, contudo, se situar abaixo de 11%. Pouca credibilidade da política fiscal e inflação ainda elevada, apesar do aperto monetário, dão suporte aos juros futuros longos. De todo modo, especialistas dizem que as oscilações acontecem sem que o mercado enxergue razão para uma mudança estrutural das taxas, que passou por uma correção importante com os sinais de que o BC vai prosseguir com o aperto monetário.

Fonte: Folha


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