Atenção! Você está utilizando um navegador muito antigo e muitos dos recursos deste site não irão funcionar corretamente.
Atualize para uma versão mais recente. Recomendamos o Google Chrome ou o Mozilla Firefox.

Notícias

Dívida pública sobe 0,65% em setembro, para R$ 2,18 trilhões

Facebook
Twitter
Google+
LinkedIn
Pinterest
Enviar por E-mail Imprimir
28/10/2014 - 07:55

Apropriação de juros e alta do dólar influenciaram aumento da dívida.
Dívida pode chegar ao máximo de R$ 2,32 tri no fim do ano, diz Tesouro.

A dívida pública federal, que inclui os endividamentos interno e externo do governo, cresceu 0,65% em setembro, para R$ 2,18 trilhões, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (27) pela Secretaria do Tesouro Nacional. Em agosto, o endividamento público estava em R$ 2,17 trilhões.

Segundo informações do governo, o aumento da dívida pública em setembro está relacionado com a apropriação de juros da dívida interna (quando os juros passam a fazer parte da dívida), no valor de R$ 14,99 bilhões, e também à alta do dólar no período.

Dívida externa
No mês passado, a moeda norte-americana avançou mais de 9%, o maior crescimento mensal desde setembro de 2011, o que impactou a dívida externa – que subiu de R$ 94,4 bilhões em agosto para R$ 104,5 bilhões em setembro. Outro fator que impulsionou a dívida externa foi a emissão de R$ 2,5 bilhões (US$ 1,05 bilhão) em títulos do governo brasileiro no mercado externo.

Dívida interna
Na dívida interna, o Tesouro Nacional informou que houve resgate líquido, ou seja, os vencimentos de títulos públicos (títulos que foram pagos) foram superiores à emissão de novos papéis (novos empréstimos feitos), no valor de R$ 12,81 bilhões – fator que atuou para reduzir a dívida em igual proporção.

Mas nem o resgate líquido da dívida interna de setembro foi suficiente para resultar na queda da dívida pública total, uma vez que a apropriação de juros, a alta do dólar e a emissão de papéis no mercado internacional impulsionaram o endividamento brasileiro.

Programação para 2014
De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional, a dívida pública pode chegar ao patamar máximo de R$ 2,32 trilhões no fim deste ano – R$ 198 bilhões a mais em relação ao fechamento de 2013.

O Plano Anual de Financiamento (PAF) da dívida pública, feito pelo Tesouro Nacional, também estabelece um piso de R$ 2,17 trilhões para o débito público no fim deste ano, o que representaria uma alta de R$ 48 bilhões em comparação com dezembro do ano passado.

Em 2014, os vencimentos de títulos públicos previstos somam R$ 544 bilhões, ao mesmo tempo em que os encargos da dívida pública totalizam R$ 54 bilhões. O governo prevê, entretanto, o uso de R$ 121,8 bilhões em recursos orçamentários para pagar os vencimentos neste ano.

Perfil da dívida
Os números do governo federal, calculados após a contabilização dos contratos de "swap cambial", mostram que o estoque de títulos prefixados (papéis que têm a correção determinada no momento do leilão) somou R$ 900 bilhões em setembro, ou 43,3% do total, contra R$ 870 bilhões, ou 41,94% do total, em agosto.

Os swaps cambiais são contratos para troca de riscos. O Banco Central oferece um contrato de venda de dólares, com data de encerramento definida, mas não entrega a moeda norte-americana. No vencimento deles, o BC se compromete a pagar uma taxa de juros sobre valor dos contratos e recebe do investidor a variação do dólar no mesmo período. É uma forma de a instituição garantir a oferta da moeda norte-americana no mercado, mesmo que para o futuro, e controlar a alta da cotação.

Os títulos atrelados aos juros básicos da economia (os pós-fixados), por sua vez, tiveram sua participação reduzida fortemente em setembro. No fim do mês passado, estes títulos públicos representavam 7,89% do estoque total da dívida interna, ou R$ 164 bilhões, contra 11% do total (R$ 229 bilhões) em agosto.

A parcela da dívida atrelada aos índices de preços (inflação) somou 36,84% em setembro deste ano, ou R$ 765 bilhões, contra 36,3% do total em agosto de 2014 – o equivalente a R$ 755 bilhões.

Os ativos indexados à variação da taxa de câmbio, por sua vez, somaram 11,97% do total (R$ 248 bilhões) em setembro, contra R$ 220 bilhões, ou 10,61% do total, em agosto deste ano. O aumento da dívida atrelada ao dólar se deve à emissão de contratos de swap cambial.

Fonte: G1

Tópicos:
visualizações