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Dinheiro em caixa

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31/07/2013 - 10:23

Num cenário de retração de demanda e sobra de recursos para empréstimos, as empresas de menor porte seguem com fôlego e devem levar os financiamentos deste segmento a crescer de 13% a 20% este ano, em comparação a 2012, segundo estimam bancos públicos e privados, como Banco do Brasil (BB), Bradesco e Caixa. A maior parte dos empresários recorre aos empréstimos para expandir a produção por meio de compra de insumos e máquinas, ou para equilibrar o fluxo de caixa e cobrir custos inesperados, como aumentos da folha de pagamento.

Atentas a esse movimento, as instituições financeiras investem em produtos sob medida, criam agências especializadas para atender o empreendedor e treinam gerentes capazes de indicar as melhores alternativas, conforme a capacidade de pagamento das empresas. Dependendo do valor do empréstimo, dos prazos e das garantias apresentadas, a verba pode ser liberada em instantes, pelo internet banking, ou em até dois dias, nas agências.

Com mais de 2,2 milhões de clientes entre micro e pequenas empresas (MPE) com faturamento bruto de até R$ 25 milhões, o BB oferece recursos para capital de giro e antecipação de recebíveis, além de financiamento para reformas, compra de equipamentos e veículos. No fim do primeiro trimestre, o saldo da carteira MPE alcançou R$ 89,3 bilhões, alta de 27,1% em relação ao mesmo período de 2012. "Para 2013, a expectativa de aumento é da ordem de 20%", diz Osmar Dias, vice-presidente de agronegócios, micro e pequenas empresas.

A instituição tem 3,8 mil gerentes de relacionamento para MPEs. Em 2012, inaugurou a primeira agência especializada no segmento, em Campo Grande (MS). Outras unidades devem ser abertas este ano. A ideia do BB é simplificar o acesso ao capital, com um atendimento mais dirigido. Em alguns casos, o empresário tem o crédito disponível para utilização imediata. Também é possível realizar e gerenciar mais de 400 operações de crédito e serviços bancários pelo computador ou em aparelhos móveis.

"O empresário deve solicitar ajuda financeira quando identifica necessidade de ajuste no fluxo de caixa e para compra de matéria-prima e equipamentos", explica José Ramos Rocha Neto, diretor do departamento de empréstimos e financiamentos do Bradesco. Segundo ele, as principais preocupações das empresas, ao tomar dinheiro emprestado, são escolher a melhor linha de crédito, de acordo com o retorno do seu negócio, além de saber os prazos de pagamento e o valor das parcelas mensais, para não interferir no planejamento das contas.

As taxas das linhas do Bradesco variam de 0,86% a 3,21%, ao mês. Um dos produtos mais procurados é o de capital de giro, sem limite máximo de financiamento e taxas a partir de 2,35% ao mês, com prazo de até 60 meses. "A liberação dos valores é analisada caso a caso, conforme a capacidade de pagamento da empresa."

O desempenho da carteira de crédito das pequenas e médias empresas no banco apresentou saldo de R$ 115,2 bilhões em 2012, um salto de 10,6% em relação ao ano anterior. A expectativa de crescimento para 2013, nesse nicho de clientes, é de 13% a 17%.

De olho na demanda, o Bradesco fez parcerias com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e o Sebrae para treinar 1,1 mil gerentes em 2012. Em 2013, até abril, 400 executivos passaram por treinamentos. O banco tem 6,4 mil gestores focados no atendimento a pessoa jurídica.

Segundo Eugênia Regina de Melo, superintendente nacional de micro e pequeno empreendedorismo da Caixa, é preciso oferecer agilidade ao cliente, com o aumento da rede de agências, de correspondentes bancários e pontos de atendimento, além de uma maior automatização nas linhas de crédito. A instituição tem pelo menos 25 produtos para esse público. No ano passado, lançou uma opção para capital de giro, para companhias com faturamento anual de até R$ 50 milhões, com valor máximo de R$ 1 milhão e período de 40 meses para pagar. Desde abril de 2012, já foram aplicados mais de R$ 19 bilhões no produto.

A carteira da Caixa chegou a R$ 59,6 bilhões em 2012, para firmas com faturamento anual de até R$ 15 milhões. O plano é alcançar R$ 77 bilhões em 2013.

Segundo José Ricardo Veiga, superintendente nacional de média empresa da Caixa, uma das maiores demandas é para desconto de duplicatas, com taxas de juros a partir de 1,15% e prazo de pagamento de seis a 150 dias.

De acordo com Cristiane Nogueira de Andrade, superintendente executiva de segmentos do Santander, as linhas do banco variam de R$ 6 mil a R$ 1,6 milhão. Uma das mais requisitadas é a de giro bonificado, que possibilita bonificar até três parcelas, de acordo com a pontualidade de pagamento. A estratégia para os próximos três anos, no segmento de PMEs, é chegar a um milhão de contas, com uma carteira de R$ 50 bilhões. Hoje, são 670 mil clientes, com volume de R$ 34 bilhões.

 

No Itaú, os clientes podem fazer a contratação on-line ou até pelo celular, nas opções de antecipação de recebíveis, segundo Carlos Eduardo Maccariello, diretor de produtos empresas. "O crédito deve auxiliar no equilíbrio e expansão dos negócios, de acordo com o perfil financeiro de cada cliente."

Fonte: Valor Econômico


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