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Décimo dia de transtornos

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15/10/2015 - 08:46

Goianos enfrentam dificuldades em serviços, e bancários mantêm paralisação

A analista de recursos humanos, Vanessa Borges Petreski, de 23 anos, acreditava que era preciso apenas o dinheiro para financiar uma casa. O pensamento durou até enfrentar, no meio do processo de financiamento, a greve dos bancários, que completa hoje dez dias de paralisação. Com o dinheiro na conta, Vanessa precisa da aprovação do gerente de sua agência da Caixa Econômica Federal, no Setor Nova Suíça.

“O processo já estava quase concluído. Mas agora não consigo sacar o que está depositado e nem obter a aprovação do gerente. Nada resolve em outra agência. O prazo com a imobiliária está vencendo, corro o risco de perder o imóvel com o dinheiro parado na conta”, lamenta Vanessa.

A greve é realizada em todo o País, coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). De acordo com o Sindicato dos Bancários do Estado de Goiás, a paralisação segue por tempo indeterminado. Das 746 agências públicas e privadas no Estado, 85% estão sem atendimento. Em cidades como Luziânia, Trindade, Jussara, Itapuranga, Mara Rosa e Silvânia, nenhuma agência está funcionando.

Peregrinação

Além de ter paciência, os clientes também lidam com a peregrinação em busca de atendimento. O gestor de recursos humanos, Vandré Pedrosa, 37, afirma que tem utilizado o horário de almoço em busca de bancos em funcionamento para colocar as contas em dias.

“Gera transtornos porque há contas como boletos de financiamentos e da escola dos meus filhos que só se pagam na boca do caixa. Há agências abertas, mas é preciso rodar a cidade toda para encontrá-las. Quando não é possível, o prejuízo vem em forma de multas e juros”, reclama.

Sandro Nascimento Rezende, 47, é administrador e utiliza os serviços bancários diariamente. Para ele, os transtornos são incalculáveis. “A gente gasta tempo para buscar agências em funcionamento, gasta mais com gasolina, e é preciso enfrentar um trânsito caótico. Não tem como estocar dinheiro em casa e se preparar contra a greve. O banco hoje é um mal necessário.”

Negociações

O presidente do Sindicato dos Bancários do Estado de Goiás, Sergio Luiz da Costa, explica que membros da Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação (CEBNN/CONTEC) estiveram ontem na sede da Fenaban, em São Paulo, para solicitar formalmente a reabertura das negociações. Os representantes ratificaram aos bancos que as reivindicações da categoria bancária podem ser atendidas, em função dos altos lucros registrados pelas instituições financeiras.

“Até que nova contraproposta seja apresentada, a ordem é de continuidade da greve geral por tempo indeterminado. Já são 12 anos de greve consecutivos e o objetivo é que a Fenaban atenda nossas reivindicações, que dentre outras coisas, visa reajuste salarial de 16%. Temos certeza de que o setor financeiro não está passando por dificuldades, o que possibilita o reajuste”, afirma Sergio Luiz.

Estão faltando envelopes e dinheiro nos caixas

Clientes estão reclamando da escassez de envelopes para depósitos nos terminais de autoatendimento das agências bancárias em Goiânia. Outra reclamação é que falta dinheiro para saques em alguns caixas eletrônicos. O administrador Sandro Nascimento Rezende não encontra envelope em agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.

A reportagem encontrou o empresário José Rodrigo Ribeiro, 38, em busca de uma agência do Bradesco em funcionamento para efetivar um depósito. Morador do Setor Campinas, ele já tinha peregrinado de banco em banco até o Setor Nova Suíça sem encontrar uma única agência em funcionamento.

O presidente do Sindicato dos Bancários do Estado de Goiás, Sergio Luiz da Costa, explica que não faltará dinheiro para saque porque as agências abastecem os equipamentos. Contudo, ele afirma que em relação a reposição de envelopes, depende de cada agência bancária.

Fonte: Jornal O Popular

 

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