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Custo de vida: Inflação fecha mais que o dobro acima do esperado

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05/12/2014 - 08:43

Expectativa era de que IPC de Goiânia de novembro registrasse alta em torno de 0,5%, mas índice fechou em 1,19%, puxado por alimentos

A elevação de forma generalizada dos preços de itens do grupo de alimentação contribuiu para que a inflação em Goiânia atingisse em novembro 1,19%. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) descolou da estimativa inicial, em torno de 0,5%, surpreendendo, e muito, a própria equipe econômica de pesquisa do Instituto Mauro Borges (IMB), da Secretaria de Gestão e Planejamento de Goiás (Segplan-GO). No acumulado do ano, a inflação aponta 7,47%, bem acima do registrado em todo o ano de 2013, de 5,93%.

Com o início do período chuvoso é comum a diminuição não só da oferta como a qualidade de produtos frescos no mercado, sobretudo, verduras, hortaliças e tubérculos. Este ano, além dessa sazonalidade natural, a produção goiana ainda teve de socorrer o abastecimento de alguns Estados como São Paulo (SP) e Minas Gerais (MG), que tiveram redução significativa de produção em decorrência do longo estresse hídrico deste ano.

O que subiu

Neste cenário, a batata inglesa liderou o ranking inflacionário, com aumento de 60,12%, seguido pelo repolho (14,09%) e o tomate (13,27%). De quebra, alimentos que não registravam elevações expressivas há alguns meses, como arroz (4,31%), ovos (6,65%) e banana-maça (5,41%). “Esses alimentos, principalmente o arroz tem um peso muito grande na composição do índice”, afirma o gerente de pesquisa sistemática e especiais do IMB, Marcelo Eurico de Sousa. Dos dez itens que mais contribuíram na variação do índice de preços ao consumidor este mês em Goiânia, cinco são do grupo de alimentos.

Na outra ponta, o leite longa vida e a maçã foram os únicos deste grupo que contribuíram para baixo com a variação do índice, de -0,74% e - 6,24%), respectivamente. No primeiro caso, a explicação é que houve aumento na oferta de leite em função do início das chuvas. Com ele, os preços de produtos derivados, como queijo, requeijão e leite condensado também tiveram queda.

Só vegetariano não sentiu no bolso os sucessivos preços da carne. O aumento atinge carnes bovinas de primeiro e segundo corte, carne industrializada, suínas e frango. Para se ter ideia, o pernil registrou aumento de 7,67% e o músculo, de 7,28%. De forma geral, a explicação é que, há alguns anos, vem ocorrendo alto volume de abate de matrizes, resultando em falta de oferta de animais.

De quebra, Goiás incrementou o volume de exportação de carnes para a Rússia. “De janeiro a junho deste ano, do total de abate no País, 46% são de fêmeas. Esse é um nível elevado”, afirma a assessora técnica da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Christiane Rossi.

Energia elétrica

Pelo terceiro mês seguido, o aumento da energia elétrica corrói o dinheiro do consumidor. Mas ao contrário das outras vezes, cuja responsabilidade está ligada a elevação do preço da tarifa, desta vez foram os aumentos das alíquotas federais dos impostos PIS/Cofins que incidem sobre o serviço público. Na prática, a energia elétrica ficou 2,57% mais cara.

Marcelo Eurico explica que um componente esperado na composição da inflação goiana é o combustível. Isso com o fim das promoções dos combustíveis pelos postos de Goiânia, aliado ao recente aumento aprovado pelo governo de 4% para a gasolina. “Foi o item que mais contribuiu para a inflação.”

Fonte: Jornal O Popular

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