A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou outubro com alta de 0,78% em Goiânia, mais do que o triplo da variação de 0,16% registrada em setembro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o segundo mais índice registrado no País, só perdendo para Campo Grande, que teve alta de 0,79%.
Em Goiás, a elevação do custo de vida foi puxada pelo aumento de 19% da tarifa de energia elétrica e também pelo alta de 6,6% dos preços combustíveis.
Dos grupos de atividades pesquisados em Goiânia, as maiores altas ocorreram nos grupos Habitação (1,70%) e Alimentação e Bebidas (1,06%), enquanto as variações negativas foram registradas nos grupos Artigos de Residência (-0,17) e Comunicação (-0,05). No mês passado, as três maiores altas registradas em Goiânia foram o tomate (14,28%), bata inglesa (9,23%) e uva (8,96%).
INPC
Mas Goiânia registrou em outubro a maior inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que abrange as famílias com rendimentos de até cinco salários mínimos. O índice foi de 0,70%, puxado pela aumento das tarifas de energia elétrica.
NO PAÍS
A surpresa com a inflação oficial de outubro no País, mais comportada do que o esperado, diminuiu as chances de um estouro do teto da meta do governo em 2014, apesar do reajuste da gasolina anunciado na quinta-feira. O resultado do IPCA, de 0,42%, veio abaixo das expectativas do mercado. Mas, a taxa acumulada em 12 meses permanece acima do limite de tolerância, aos 6,59%.
Alimentos e transportes ainda subiram em outubro, mas menos do que em setembro, graças à menor intensidade nos reajustes das carnes e passagens aéreas. A avaliação de economistas é de que aumentou a probabilidade que o governo consiga respeitar a meta inflacionária, mas que os riscos persistem. Há sinais de novas pressões advindas da seca, por exemplo.
A inflação de novembro já prevê pressões tanto do aumento da gasolina quanto da energia elétrica e da alta do dólar, informou o IBGE. Cada 1% de repasse do reajuste anunciado pela Petrobrás de 3% no preço da gasolina nas refinarias às bombas implicará um adicional de 0,04 ponto porcentual ao IPCA.
Cesta básica
A cesta básica de Goiânia, pesquisada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), subiu 2,68% no mês passado em relação a setembro. Para comprar os 13 produtos essenciais para sua sobrevivência, o trabalhador goiano foi obrigado a desembolsar R$ 287,46. No acumulado do ano, a alta foi de 4,66%. Já na comparação com outubro de 2013, o aumento foi de 9,52%.
O que mais pesou no bolso dos trabalhadores foram os aumentos dos preços do tomate (24,75%), batata inglesa (9,02%), manteiga (5,92%) e feijão carioca (3,75%). Também subiram a farinha de trigo (2,55%), leite integral (2,43%), óleo de soja (2,34%), pão francês (1,80%) e arroz agulhinha (0,87%), açúcar refinado (1,17%), manteiga (0,88%) e café em pó (0,34%).
Quatro itens da cesta apresentaram diminuição nos valores em outubro: açúcar cristal (-2,07%), banana nanica (-0,85%), café (-0,68%), carne bovina (-0,52%).
Fonte: Jornal O Popular