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Copom: Após eleição, BC eleva taxa de juros para 11,25%

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30/10/2014 - 15:23

Três dias após a reeleição da presidente Dilma Rousseff, em decisão inesperada, o Copom elevou a Selic em 0,25 ponto porcentual

Brasília - Em sua primeira reunião após a reeleição da presidente Dilma Rousseff, o Banco Central (BC) surpreendeu e elevou a taxa básica de juros da economia, a Selic, de 11% para 11,25%.

A alta do dólar e a piora nas contas públicas foram os motivos que levaram 5 dos 8 integrantes do Comitê de Política Monetária (Copom), incluindo o seu presidente, Alexandre Tombini, a decidir elevar a taxa Selic - três diretores votaram pela manutenção.

Durante sua campanha, a presidente Dilma Rousseff sempre buscou associar seu adversário Aécio Neves (PSDB) a uma política econômica de juros elevados contra a inflação.

As apostas no mercado eram de manutenção de juros neste momento, com possibilidade de alta a partir de dezembro deste ano. O aperto monetário, três dias após a reeleição da petista, foi visto como tentativa de reconquistar a credibilidade da política de combate à inflação.

COMUNICADO

No comunicado da decisão, o Copom informou que “a intensificação dos ajustes de preços relativos na economia tornou o balanço de riscos para a inflação menos favorável”. Os “preços relativos” que vinham sendo citados pelo BC como responsáveis pela inflação recente eram as tarifas e o câmbio.

“À vista disso, o Comitê considerou oportuno ajustar as condições monetárias de modo a garantir, a um custo menor, a prevalência de um cenário mais benigno para a inflação em 2015 e 2016.” A taxa Selic estava em 11% ao ano desde abril.

O câmbio está entre os principais fatores que podem levar a inflação a ficar acima do limite de 6,5% fixado pelo próprio governo. Em sua mais recente previsão, o BC projetou inflação de 6,3% em 2014, mas com um dólar a R$ 2,25. Hoje, a moeda está na casa de R$ 2,45. O aumento de 10% na cotação desde então é suficiente para estourar o limite da meta.

Outro problema do governo são as contas públicas, cujo desempenho tem sido agravado pela arrecadação abaixo do previsto e pelas desonerações tributárias.

O BC afirmou em setembro que a política fiscal em 2014 contribuirá para o aumento da inflação. Em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 6,75% em 12 meses. A expectativa do mercado é que o indicador permaneça acima do teto até novembro e recue para 6,44% em dezembro, voltando a subir no começo de 2015.

 Fonte: Jornal O Popular

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