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Comércio exterior: Balança comercial tem pior setembro desde 1998

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02/10/2014 - 08:33

Déficit no mês passado foi de US$ 939 milhões, levando o saldo no ano a ficar no vermelho

Com a Argentina em crise e crescentes importações de petróleo, a balança comercial brasileira bateu mais um recorde negativo ao registrar, em setembro, o pior resultado para o mês em 16 anos. O saldo negativo atingiu US$ 939 milhões, segundo dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Apesar desse déficit, o governo ainda mantém expectativa de fechar o ano no azul.

A última vez que o resultado comercial de setembro tinha ficado no vermelho foi em 2000, quando houve déficit de US$ 326,7 milhões. Com esse resultado negativo, o saldo acumulado em 2014 voltou ao vermelho. O déficit chegou a US$ 690 milhões. Em agosto, a balança comercial havia ficado superavitária no acumulado no ano pela primeira vez. Nos oito primeiros meses do ano, o saldo positivo era de US$ 249 milhões.

O governo atribui o resultado de setembro à redução nas exportações para a Argentina, um dos principais parceiros comerciais do Brasil. Na comparação com setembro de 2013, as vendas ao país vizinho recuaram 39,7%. O tombo foi puxado por automóveis de passageiros, autopeças, polímeros plásticos, veículos de carga, motores para veículos, laminados planos, pneumáticos e outros. Em contraponto, as importações da Argentina cresceram 7,4% nesta comparação. O ministério informou que 77% da queda das exportações de manufaturados no ano está relacionada à Argentina.

A balança também foi influenciada pelo aumento das compras de petróleo e derivados, além do impacto do preço das commodities. Na comparação com setembro de 2013, houve uma alta de 46% nas importações de petróleo e derivados no mês passado. “Esse é um movimento não linear: tem meses em que é maior ou menor, dependendo do embarque”, disse o diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação do MDIC, Roberto Dantas. Essa oscilação, afirmou, depende de “uma série de fatores”, como demanda interna, produção e reposição de estoques.

Petróleo

No acumulado de 2014, as importações de petróleo e derivados cresceram 0,7%. Do lado das exportações, o crescimento é de 24% até setembro. A conta petróleo acumula um déficit de US$ 12,9 bilhões de janeiro a setembro deste ano - eram US$ 16,5 bilhões em igual período de 2013.

O governo conta com uma melhora na chamada conta petróleo para levar a balança comercial ao terreno positivo. Segundo Roberto Dantas, o ministério mantém a previsão de um saldo pequeno, mas positivo, na balança ao fim de 2014.

A expectativa, segundo o ministério, deve-se em grande parte à perspectiva de melhora da conta petróleo. “É o que estamos apostando para ter um efeito mais acentuado”, disse o diretor.

O MDIC também acredita que o volume exportado de minério de ferro deve bater recorde ao fim de 2014. De janeiro a setembro, a exportação do produto já é inédita: 249,3 milhões de toneladas, ante 234,4 milhões nos nove primeiros meses de 2013. No acumulado de janeiro a setembro, a quantidade exportada de minério de ferro subiu 6,9% e o preço caiu 17%. Os principais mercados são China, Japão, Coreia do Sul e Países Baixos.

Fonte: Jornal O Popular
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