SÃO PAULO - A carteira de crédito ampliada do Banco do Brasil cresceu 1,9% no terceiro trimestre e 12,3% em 12 meses, para R$ 732,719 bilhões. Entre as carteiras com maior expansão estão a de crédito imobiliário, ao governo e para o agronegócio. “No período, o BB manteve a sua liderança em crédito no Sistema Financeiro Nacional, com 21,1% de participação de mercado”, destacou o banco em seu release de resultados.
A carteira de pessoa física teve alta de 6,9% em 12 meses, para R$ 175,1 bilhões em setembro. Dentro desse portfólio, os financiamentos imobiliários cresceram 63,2% e atingiram R$ 25,717 bilhões.
Com a maior participação nos empréstimos a pessoas físicas, o consignado teve alta de apenas 2,3% em um ano, para R$ 63,065 bilhões. O estoque de financiamentos de veículos caiu 6,3% em 12 meses, encerrando setembro em R$ 32,964 bilhões.
Na carteira de pessoa jurídica, a maior variação veio dos empréstimos ao governo, que subiram 69,7% em um ano, a R$ 26,657 bilhões. A carteira de agronegócio teve alta de 21,8% no mesmo período, para R$ 158,405 bilhões.
O BB cortou sua projeção para o crescimento da carteira de crédito neste ano de uma faixa de 14% a 18% para 12% a 16%, citando que o resultado obtido até agora foi “impactado pela menor demanda”. O guidance leva em conta o portfólio ampliado no país e, por esse critério, a expansão verificada em 12 meses até setembro é de 13,1%.
Segundo o balanço do terceiro trimestre, divulgado nesta quarta-feira, a projeção para a carteira de pessoas físicas foi reduzida de 12% a 16% para 8% a 12%, enquanto a de empresas caiu da faixa de 14% a 18% para 12% a 16%. Para os financiamentos ao agronegócio, o guidance saiu de 18% a 22% para 16% a 20%.
No caso das pessoas físicas, o BB comentou que o desempenho reflete volume menor de carteira adquirida e crédito para veículos, “compensado parcialmente pelo crédito imobiliário”.
Outra mudança feita pelo banco foi na projeção de crescimento de captações comerciais, o que inclui recursos vindos de depósitos totais, LCA, LCI e operações compromissadas com títulos privados. A perspectiva passou de uma faixa de 14% a 18% para 12% a 16%.
Fonte: Valor Econômico