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Carga tributária: Consumidor corre para comprar com IOF antigo

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21/01/2015 - 08:24

A partir do mês que vem, imposto sobre compras financiadas vai dobrar de 1,5% para 3%

Consumidores estão antecipando compras a prazo, para fugir do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre operações de crédito de pessoa física, que entra em vigor dia primeiro do mês que vem. O imposto vai subir de 1,5% para 3%, conforme anunciou o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Quem financiar uma compra ainda neste mês pagará o imposto com o cálculo atual.

Foi pensando assim que a pedagoga Ledyjanne Alves Fernandes, 29, saiu de Rio Verde, no Sudoeste do Estado, para comprar um carro em Goiânia. Ela conta que deu 20% do valor do Volkswagen Voyage como entrada e financiou o restante em 48 parcelas.

“A vendedora explicou o que mudaria se eu deixasse para comprar em fevereiro, foi a melhor escolha. Pesquisei bastante antes da compra e volto para casa com o carro que desejamos e com um valor de financiamento sem elevação de taxas”, comemora Ledyjanne.

adicional

Segundo o diretor executivo de estudos e pesquisas econômicas da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, foi mantido o porcentual adicional de 0,38% em cada operação, independente do prazo.

“Quem fizer financiamento em 12 meses, vai pagar mais caro. Não gera um impacto muito grande. Porém, somado a outros reajustes, aumento de impostos, inflação alta, serviços subindo, é um conjunto que atinge o consumidor”, afirma Miguel, que exemplifica os efeitos desta elevação nos financiamentos para pessoa física (veja quadro).

Queda nas vendas

O gerente de vendas da Saga Volkswagen, Heber Silva Correia, afirma que a elevação do IOF impactará as vendas de carros. De acordo com ele, a queda será de 30%, visto que 60% das vendas são feitas através de financiamentos.

“A cada 100 carros vendidos, 60 são financiados. O mercado em janeiro está bom e aquecido, mas já esperamos a queda nas vendas a partir de fevereiro”, diz Heber, que afirma ainda que as pessoas estão procurando financiar seus veículos antes do ajuste entrar em vigor.

Para o vice-presidente da Novo Mundo, Sérgio Moreira, haverá um impacto nas vendas, mas é preciso esperar a reação do mercado para um novo posicionamento. “Este custo não será passado ao consumidor, inicialmente. A tendência é de reajuste nos preços, mas vamos aguardar o comportamento do setor”, diz.

O aumento em dobro do IOF ajudará a conter o crédito, fazendo com que as pessoas consumam menos e a demanda fique menor para segurar a inflação, que ainda está elevada, segundo o economista João Batista do Nascimento.

“Aumentar taxa de qualquer imposto é inadequado para o consumidor, que será penalizado para o País captar mais recursos. O ideal é que o consumidor espere, junte dinheiro para comprar a vista, ou dar uma entrada que possibilite um financiamento com valor menor. É momento de cautela, pois o governo pode baixar as taxas no futuro”, frisa o economista.

Fonte: Jornal O Popular

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