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Captação da poupança volta ao azul em maio, mas recua 66% no ano

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06/06/2014 - 08:52

Em maio, depósitos superaram retiradas em R$ 2,27 bilhões, diz BC.
No ano, captação soma R$ 6,39 bilhões, contra R$ 18,8 bilhões em 2013.

Os depósitos superaram as retiradas na caderneta de poupança em R$ 2,27 bilhões no mês de maio, informou o Banco Central nesta quinta-feira (5). Com isso, a captação da caderneta de poupança, após um mês de abril negativo, retornou ao azul.

O resultado positivo da poupança em maio, porém, foi obtido somente com o movimento do último dia do mês passado, quando R$ 3,8 bilhões ingressaram na mais tradicional modalidade de investimentos do país.

A captação da poupança foi a pior, para meses de maio desde 2011, quando as retiradas superaram os depósitos em R$ 1,3 bilhão. Em maio de 2013, o ingresso de investimentos na poupança somou R$ 5,62 bihões.

Acumulado deste ano
No acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, houve mais depósitos do que retiradas de recursos da poupança, mas o valor caiu em relação a 2013. De janeiro a maio de 2014, a caderneta captou R$ 6,39 bilhões, uma queda de 66% em relação ao mesmo período de 2013, quando entraram R$ 18,82 bilhões em recursos.

A captação de recursos para os cinco primeiros meses de um ano foi o mais baixo, neste ano, desde 2011, quando houve a saída líquida de recursos (retiradas maiores do que depósitos) de R$ 3,22 bilhões da caderneta de poupança.

Depósitos, retiradas e saldo da poupança
Em maio, os depósitos na caderneta de poupança somaram R$ 131 bilhões, o maior valor mensal deste ano, enquanto que as retiradas de recursos totalizaram R$ 128,7 bilhões, também as maiores de 2014. Já o volume dos rendimentos creditados nas contas dos investidores alcançou R$ 3,07 bilhões no mês passado.

Com isso, o volume total de recursos aplicados na caderneta subiu em maio. No fim do mês passado, o saldo da poupança atingiu R$ 620 bilhões. No fechamento de 2013, o estoque de recursos na poupança totalizava R$ 597 bilhões e, em abril, havia atingido a marca de R$ 614,9 bilhões.

A caderneta de poupança ainda é uma boa opção de investimento para pequenos poupadores

Menor atratividade e inflação alta
De acordo com economistas, o recuo da captação da caderneta de poupança neste ano está relacionado com a alta da inflação, com o alto nível de endividamento dos brasileiros e, também, com a perda de atratividade da aplicação em relação aos fundos de renda fixa.

De acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), com a estabilidade da taxa básica de juros da economia, a Selic, para 11% ao ano no mês passado, as aplicações em renda fixa como fundos de investimento mantêm mais atratividade e "ganham da poupança na maioria das situações".

Isso ocorre porque o rendimento dos fundos de renda fixa sobe junto com a Selic. Já o rendimento das cadernetas, quando a taxa de juros está acima de 8,5% (o que acontece desde agosto), é fixo em 6,17% ao ano mais a variação da TR.

Segundo cálculos da Anefac, as cadernetas de poupança vão continuar mais interessantes frente aos fundos de renda fixa quando a taxa de administração cobrada nestas aplicações financeiras for superior a 2,5% ao ano.

Fundo de reserva
Especialistas avaliam que, independentemente do rendimento, a caderneta de poupança ainda é uma boa opção de investimento para pequenos poupadores, para pessoas que buscam aplicações de curto prazo ou que procuram formar um "fundo de reserva" para emergências – uma vez que não há incidência do Imposto de Renda.

Nos fundos de investimento, ou até mesmo no Tesouro Direto (programa do governo de compra de títulos públicos pela internet) há cobrança do IR e, na maior parte dos casos, de taxa de administração. Nos fundos de investimento e no Tesouro Direto, o IR incide com alíquota regressiva, ou seja, quanto mais tempo os recursos ficarem aplicados, menor é o valor da alíquota incidente no resgate.

Fonte: G1

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