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Câmbio: Imposto e taxa bancária encarecem mais o dólar

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22/12/2014 - 09:16

Diferença entre a cotação da moeda no mercado e o preço do dólar turismo pode chegar a 7,7%

São Paulo - Em tempos de alta do dólar, o turista brasileiro que pretende viajar para o exterior deve ficar atento à variação do preço da moeda nas instituições financeiras.

Levantamento com os cinco maiores bancos do País mostra que a diferença entre a cotação da moeda no mercado financeiro e o preço cobrado pelo chamado dólar turismo nessas instituições, incluindo taxas e impostos, pode ser de 7,7%.

A pesquisa, realizada na quinta-feira, dia 18, considerou o dólar à vista (referência no mercado financeiro) cotado a R$ 2,655 e simulações de compra de US$ 1.000 em espécie nos bancos.

Taxa

A principal variável nos preços foram as taxas de serviço e operação, cobradas na hora da compra, e as taxas de entrega, caso o montante seja levado até o cliente. Esses encargos vão de R$ 20 a R$ 60. As cotações da moeda não são tão diferentes, e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), de 0,38%, é fixo.

“O dólar é uma mercadoria como qualquer outra e tem custos que variam muito. A pessoa tem que planejar a compra de forma coerente, levando em conta todos os encargos”, afirma o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito. Para ele, a compra fracionada da moeda também deve ser repensada de acordo com as taxas.

A estratégia de comprar o valor desejado aos poucos, para conseguir uma cotação média mais favorável, pode sair cara porque a taxa é cobrada a cada operação.

Economize comprando uma vez só

São Paulo - O especialista em investimentos do banco Ourinvest Mauro Calil ressalta que, se o cliente for três vezes à corretora, por exemplo, pagará três vezes a tarifa fixa. Num cenário sem desvalorização prevista, como o de hoje, o turista pode desembolsar mais sem usufruir de cotações menores. “O consumidor deve comprar o máximo possível de uma vez só para diluir as taxas”, afirma.

Calil exemplifica: alguém que compra US$ 100 com o dólar turismo a R$ 2,80 paga R$ 280. Se a taxa for de R$ 28, já equivale a 10% do valor. Assim, quanto mais alto for o montante comprado, menos a taxa representa na transação.

Impacto

Pesquisa realizada pelo site de viagens Trip Advisor revelou que 34% dos entrevistados trocaram o destino no exterior por outro lugar, no Brasil.

A enquete mostrou que 42% vão manter a viagem ao exterior, mas pretendem economizar.

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Analistas divergem sobre estratégia

São Paulo - Comprar dólar agora ou esperar? Usar dinheiro vivo ou cartão? Quem planeja viajar para o exterior em 2015 deve contar com uma preocupação extra: a oscilação do dólar. A insegurança dos turistas tem fundamento. Nem mesmo economistas têm respostas certeiras diante do avanço do preço do dólar nas últimas semanas em meio a um cenário de alta volatilidade.

“A melhor opção é comprar agora”, afirma o economista e presidente da NGO Corretora, Sidnei Nehme. “O dólar deve fechar o ano em R$ 2,60, mas com uma tendência de elevação”, diz o economista.

O economista da Guide Investimentos Ignacio Rey compartilha a expectativa de alta. Mesmo quem tem viagem planejada só para as férias de julho “deve comprar o quanto antes.”

Outros especialistas recomendam comprar a moeda periodicamente. “Dessa forma, você não pega nem a melhor nem a pior taxa, mas garante uma média”, diz Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora. Ficar atento a quedas do dólar é a recomendação do gerente sênior da mesa de câmbio da Western Union, Fabiano Rufato, que também recomenda comprar a moeda pouco a pouco.

No entanto, Bergallo faz uma ressalva: a hora certa para a compara deve ser definida pela situação financeira do comprador. “Para comprar dólares, você precisa ter reais em mãos. Se precisar ter um custo, como vender um carro ou resgatar dinheiro da Bolsa, talvez não valha a pena.”

Moeda ou cartão?

Na hora de decidir entre papel-moeda, cartão de débito ou crédito, Bergallo acredita que não há uma só conclusão: é preciso analisar o perfil do turista.

O papel-moeda é apontado como opção mais barata, com IOF de 0,38%, ante 6,38% em cartões de débito ou crédito. Mas, há maior risco de perda ou furto, além da necessidade de ter dinheiro em mãos para efetuar a compra.

Fonte: Jornal O Popular

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