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Câmbio: Banco Central intervém para evitar alta do dólar

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04/12/2012 - 11:08

Moeda fechou ontem vendida a R$ 2,119. Divulgação do PIB fraco impulsionouas cotações

Brasília - Para segurar a alta do dólar, que chegou a bater em R$ 2,135, o Banco Central realizou ontem uma série de intervenções no câmbio, inclusive com a oferta de dinheiro das reservas internacionais. No final do dia, a moeda norte-americana fechou vendida a R$ 2,119, queda de 0,38% em relação à sexta-feira. A cotação já subiu 13,38% neste ano e 4,28% nos últimos 30 dias.

Desde abril de 2009 o BC não vende dólares no mercado. Nas últimas vezes em que interveio para segurar as cotações, a autoridade monetária utilizou contratos de câmbio, o que não afeta o nível das reservas, que estão hoje em US$ 378,5 bilhões. Ontem, por exemplo, antes de vender dólares, o BC fez dois leilões de contratos, que somaram mais de US$ 2 bilhões. O vencimento de outros contratos de câmbio representou a injeção de mais US$ 1,5 bilhão no mercado.

A cotação chegou a ficar abaixo de R$ 2,10. À tarde, o dólar voltou a subir, e o BC decidiu então realizar dois leilões de venda “temporária” de moeda das reservas. Nessa operação, quem compra os dólares se compromete a vendê-los de volta ao governo, por um valor maior, daqui 30 ou 60 dias. A venda por tempo determinado tem por objetivo aumentar a oferta de moeda na virada do ano, período em que há aumento de remessas para o exterior e escassez de recursos.

Munição

No mês passado, o presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou que a instituição tem munição para intervir no mercado de câmbio neste fim de ano, se for identificado desequilíbrio que possa alterar de forma significativa o valor da moeda frente ao real. Segundo ele, tradicionalmente, a oferta de dólares diminui nessa época, e a demanda aumenta, um movimento temporário.

O resultado fraco da economia brasileira divulgado na sexta-feira contribuiu para impulsionar as cotações. A avaliação dos analistas é que o governo pode buscar um patamar mais alto para a moeda estrangeira, de forma a estimular, principalmente, o setor industrial.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, demonstrou ontem bom humor ao ser questionado a respeito do nível ideal da taxa de câmbio. “Quando estava em R$ 1,60, achávamos que precisava a chegar a R$ 2,00”, disse. “Agora que foi a R$ 2,00 queremos R$ 2,40”, disse, rindo na sequência.

Segundo o empresário, estudos da CNI apontam que o dólar ideal hoje seria de R$ 2,47. Ele salientou, porém, que qualquer mudança de patamar deve ser feita de forma paulatina, para ajustar a atuação de todos os agentes econômicos. “Uma valorização do dólar mais abrupta poderia prejudicar as importações, por exemplo. Por isso, tem que ser algo gradativo. Temos hoje uma política correta.”

Projeções

Ontem, na pesquisa Focus realizada pelo BC com o mercado financeiro, as projeções para a taxa de câmbio no final de 2012 e de 2013 tiveram forte elevação. Para o fim deste ano, a mediana das projeções passou de R$ 2,03 para R$ 2,07. Para o fim de 2013, de R$ 2,02 para R$ 2,06.

Entre os analistas com maior porcentual de acerto no levantamento, as estimativas são de um dólar ainda mais caro, de R$ 2,11 no fim deste ano e de R$ 2,12 no de 2013.

Para o estrategista do Credit Agricole Brasil, Vladimir Caramaschi, o nível do dólar em R$ 2,10, que até um tempo atrás estava mais para o teto da banda, agora está mais para piso. O grande limitador para ganhos mais acentuados do dólar, segundo ele, é a inflação. “Apesar da atividade fraca, repasses do câmbio para os preços podem ocorrer de forma mais intensa”, afirmou.

Índice Ibovespa inicia mês com alta de 1,27%

São Paulo- A Bovespa conseguiu iniciar o mês em alta, na contramão de Nova York. As ações de setor de energia seguiram no foco das atenções, na véspera do prazo para que as concessionárias do setor assinem ou não os novos contratos de renovação nos termos da proposta da Medida Provisória 579. O Ibovespa encerrou com valorização de 1,27%, aos 58.202,35 pontos.

Para o responsável pela área de renda fixa da Queluz Asset Management, Luiz Augusto do Rego Monteiro, a alta de ontem pode ser atribuída, em parte, a mudança de percepção sobre a taxa de juro básica, a Selic. Até a reunião do Copom, na semana passada, o mercado acreditava que o colegiado do BC poderia, em algum momento, elevar a Selic em 2013.

Esse cenário mudou após a divulgação do PIB referente ao terceiro trimestre, na semana passada, que mostrou crescimento da economia de apenas 0,60% ante o segundo trimestre do ano.

“A mudança de expectativa de que o juro vai cair mais pode estar ajudando a Bolsa. Num primeiro momento, a Bolsa acaba sendo o melhor lugar para colocar o dinheiro”, avaliou o Monteiro. Para o operador de uma grande corretora, a Bolsa está barata e, como não há um noticiário negativo, os investidores aproveitam para ir às compras.

Blue Chips

Entre as blue chips, Petrobras e Vale tiveram direções distintas. A ação ON da petroleira subiu 1,73% e a PN avançou 1,82%. Já o papel ON da mineradora registrou recuo de 0,59% e o PNA, -0,05%. Entre as elétricas, CESP PNB liderou as altas do Ibovespa, com ganho de 8,88%. Já Transmissão Paulista PN figurou entre os destaques de queda, -2,72%. Das 15 ações que compõem o índice do setor (IEEX), seis fecharam em queda.

Fonte: Jornal O Popular


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