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Brasil terá 3 anos de aumento de desemprego, prevê OIT

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21/01/2015 - 08:27

O Brasil sofrerá um aumento do desemprego durante três anos e a alta se estabilizará em um novo patamar mais elevado apenas em 2017. A nova tendência reverte um período de melhoria no mercado do trabalho e cria dificuldades para avanços sociais e no combate à pobreza. A previsão é da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que, em seu informe anual sobre o mercado de trabalho, alerta que a desaceleração da economia brasileira terá um custo social e que a expansão do crédito como forma de crescimento da economia não era algo "sustentável". A alta do desemprego no Brasil segue uma tendência de aumento da taxa nos países emergentes que, até 2014, pareciam isentos da crise mundial. Pelos dados da OIT, o desemprego no Brasil passou de 6,5% em 2013 para 6,8% em 2014. Neste ano, a taxa deve dar um novo salto e chegará a 7,1%. Nem a Olimpíada ou a Copa do Mundo teriam conseguido reverter a tendência. Em 2016 e 2017, a taxa subirá para 7,3%. O índice não atingirá a marca de 8% registrado em 2007. Mas, ainda assim, ficará acima da média mundial e, em 2016, o desemprego no Brasil será superior à média dos países desenvolvidos. EUA e Europa estiveram no centro da crise mundial, que afetou de forma importante o mercado de trabalho nas economias maduras. Guy Rider, diretor-gerente da OIT, não deixa dúvidas sobre a situação do Brasil. "Os dados são decepcionantes", declarou. "O crescimento é praticamente zero". Para ele, uma combinação de fatores explica a alta do desemprego no Brasil. Um deles seria a alta dependência do País no desempenho das commodities. A queda dos preços internacionais teria afetado o setor e contribuído para o desemprego. Outro aspecto criticado pela OIT foi o fato de que, nos últimos anos, a economia brasileira cresceu "com base na expansão do crédito". "Isso não era sustentável", declarou Ryder. "Vimos uma desaceleração decepcionante". Questionado pelo Estado, o britânico deu sua receita para que o Brasil possa evitar entrar em um ciclo ainda maior de desemprego. "O País precisa de uma maior diversificação de sua atividade produtiva", defendeu. Para isso, segundo ele, recursos terão de ser investidos na educação e treinamento da população.

Fonte: Estadão

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